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"O assassinato é um lembrete trágico de que o jornalismo é uma profissão perigosa na Europa. Apelo às autoridades para que investiguem de forma urgente e completa este crime e garantam que os responsáveis sejam responsabilizados", escreveu em rede social Dunja Mijatovic, da entidade de direitos humanos Conselho da Europa.
No ano passado, 378 alertas de agressão foram registrados pelo Media Freedom Rapid Response (MFRR), entidade criada para oferecer apoio a jornalistas ameaçados.
Na Grécia, Sokratis Giolias, um repórter investigativo, também foi morto a tiros do lado de fora de sua casa, há 11 anos; os culpados nunca foram encontrados.
Em julho do ano passado, o proprietário de um jornal sobreviveu após ser baleado no pescoço e no peito por um homem encapuzado do lado de fora de sua casa. O caso ainda está sob investigação.
Karaivaz levou ao menos seis tiros por volta das 14h, quando voltava para casa da emissora de TV em que trabalhava. O atirador estava na garupa de uma motocicleta. No total, ao menos 12 cartuchos foram encontrados no local.
A morte foi relatada por seus colegas no telejornal em que ele trabalhava. "É o nosso próprio Giorgos Karaivaz, que o público vê todos os dias, que todos esses anos trabalhou em muitos assuntos difíceis, que fez várias apurações sobre crimes", disse a âncora do programa.
Segundo colegas, ele não havia recebido ameaças.
"Quem pensa que desta forma pode silenciar os jornalistas está enganado. Há outros 6.099 que vão investigar e exigir saber o que aconteceu", disse, no local do crime, a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Maria Antoniadou.
O governo grego afirma trabalhar para prender os assassinos de Karaivaz. "O homicídio chocou a todos nós", disse em comunicado a porta-voz, Aristotelia Peloni.
"Assassinar um jornalista é um ato desprezível e covarde. A Europa representa a liberdade. E a liberdade de imprensa pode ser a mais sagrada de todas. Os jornalistas devem ser capazes de trabalhar com segurança", escreveu em rede social –em grego e em inglês– a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A vice-presidente da Comissão Vera Jourová, responsável pela área de valores e transparência, também se declarou "profundamente chocada". "A justiça deve ser feita e a segurança dos jornalistas deve ser garantida."
A agressão a jornalistas é também um problema grave no Brasil, que ocupa a oitava posição no ranking de impunidade de assassinatos do CPJ (Comitê para Proteção de Jornalistas). O índice leva em consideração a proporção entre crimes e a população total do país e casos ocorridos entre setembro de 2010 e 31 de agosto de 2020.
Ameaçados e sem segurança de que serão protegidos. jornalistas brasileiros são forçados a mudar de endereço ou evitar temas.
VEJA OS NÚMEROS NA UNIÃO EUROPEIA
378 alertas de agressão à mídia foram feitos em 2020, com 1.159 pessoas ou veículos atacados, em 29 países
25,9% das agressões ocorreram em manifestações
22% do total de incidentes envolveu agressão física a jornalista; 9% ficaram feridos
Em 9,8% dos casos jornalistas foram detidos ou presos ao fazer seu trabalho
O agressor foi um policial em 21,4% das vezes
Funcionários públicos, parlamentares, membros do governo ou do Judiciário foram autores de 23,8% das agressões
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"O assassinato é um lembrete trágico de que o jornalismo é uma profissão perigosa na Europa. Apelo às autoridades para que investiguem de forma urgente e completa este crime e garantam que os responsáveis sejam responsabilizados", escreveu em rede social Dunja Mijatovic, da entidade de direitos humanos Conselho da Europa.
No ano passado, 378 alertas de agressão foram registrados pelo Media Freedom Rapid Response (MFRR), entidade criada para oferecer apoio a jornalistas ameaçados.
Na Grécia, Sokratis Giolias, um repórter investigativo, também foi morto a tiros do lado de fora de sua casa, há 11 anos; os culpados nunca foram encontrados.
Em julho do ano passado, o proprietário de um jornal sobreviveu após ser baleado no pescoço e no peito por um homem encapuzado do lado de fora de sua casa. O caso ainda está sob investigação.
Karaivaz levou ao menos seis tiros por volta das 14h, quando voltava para casa da emissora de TV em que trabalhava. O atirador estava na garupa de uma motocicleta. No total, ao menos 12 cartuchos foram encontrados no local.
A morte foi relatada por seus colegas no telejornal em que ele trabalhava. "É o nosso próprio Giorgos Karaivaz, que o público vê todos os dias, que todos esses anos trabalhou em muitos assuntos difíceis, que fez várias apurações sobre crimes", disse a âncora do programa.
Segundo colegas, ele não havia recebido ameaças.
"Quem pensa que desta forma pode silenciar os jornalistas está enganado. Há outros 6.099 que vão investigar e exigir saber o que aconteceu", disse, no local do crime, a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Maria Antoniadou.
O governo grego afirma trabalhar para prender os assassinos de Karaivaz. "O homicídio chocou a todos nós", disse em comunicado a porta-voz, Aristotelia Peloni.
"Assassinar um jornalista é um ato desprezível e covarde. A Europa representa a liberdade. E a liberdade de imprensa pode ser a mais sagrada de todas. Os jornalistas devem ser capazes de trabalhar com segurança", escreveu em rede social –em grego e em inglês– a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A vice-presidente da Comissão Vera Jourová, responsável pela área de valores e transparência, também se declarou "profundamente chocada". "A justiça deve ser feita e a segurança dos jornalistas deve ser garantida."
A agressão a jornalistas é também um problema grave no Brasil, que ocupa a oitava posição no ranking de impunidade de assassinatos do CPJ (Comitê para Proteção de Jornalistas). O índice leva em consideração a proporção entre crimes e a população total do país e casos ocorridos entre setembro de 2010 e 31 de agosto de 2020.
Ameaçados e sem segurança de que serão protegidos. jornalistas brasileiros são forçados a mudar de endereço ou evitar temas.
VEJA OS NÚMEROS NA UNIÃO EUROPEIA
378 alertas de agressão à mídia foram feitos em 2020, com 1.159 pessoas ou veículos atacados, em 29 países
25,9% das agressões ocorreram em manifestações
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