O príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, aprovou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018, segundo um relatório dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.

"A divulgação pública (do relatório) marca um novo capítulo nas relações de EUA e Arábia Saudita", afirmou a emissora NBC, que disse ter obtido acesso ao relatório.

O relatório se baseia em informações confidenciais da CIA e de outras agências de inteligência após o assassinato do jornalista Khashoggi em outubro de 2018 dentro do consulado saudita em Istambul. Ainda não ficaram imediatamente claros os detalhes sobre o papel do príncipe Mohammed no assassinato.


Khashoggi, de 59 anos, trabalhava como colunista do jornal americano The Washington Post quando foi assassinado por agentes sauditas no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro de 2018. O corpo do jornalista foi esquartejado e nunca encontrado.

A divulgação do relatório faz parte da política de Biden para realinhar os laços com Riad, depois de anos em que o aliado árabe e grande produtor de petróleo recebeu dos EUA um passe livre sobre seu histórico de direitos humanos e sua intervenção na guerra civil do Iêmen.