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Nesta sexta-feira (10), o jornal britânico Daily Mirror revelou que o Ministério do Interior do Reino Unido intensificou o monitoramento das publicações de Elon Musk na rede social X por razões de segurança nacional, após as críticas do dono da plataforma ao governo e ao primeiro-ministro Keir Starmer.
 
"Aqueles que estão espalhando mentiras e desinformação o mais longe e amplamente possível não estão interessados %u200B%u200Bnas vítimas, eles estão interessados %u200B%u200Bem si mesmos", reagiu Starmer. 

O jornal acrescentou que a unidade antiterrorista esta atuando na análise de conteúdos e na avaliação de riscos, porque receiam que os conteúdos tóxicos, cuja veracidade da grande maioria não é verificada, possam provocar violência, como decorreu quando grupos de extrema-direita realizaram motins e chegaram a atacar um hotel onde se encontravam requerentes de asilo no país. O Daily Mirror explica que a unidade que monitoriza o extremismo faz parte do chamado Grupo de Segurança Nacional, que tem a missão é minimizar os riscos de segurança nacional para as pessoas, a prosperidade e as liberdades do Reino Unido. “O objetivo deste grupo é avaliar o risco terrorista, de agentes ligados a grupos hostis ou de criminosos cibernéticos e econômicos”, diz a mídia.

Por sua vez, o Ministério do Interior é o responsável pelo controle do extremismo no Reino Unido, mas seu porta-voz não confirmou a notícia do jornal, alegando se tratar de questões operacionais a monitorização regular de fontes abertas para que as autoridades estejam informadas sobre o que está sendo compartilhado e discutido na Internet. "Estamos monitorizando de perto o modo como a desinformação e o ódio podem proliferar, incluindo online'", disse uma fonte governamental, sob anonimato, ao jornal britânico.
 
 O jornal Financial Times também (FT) avançou que Musk discutiu com aliados uma forma de forçar a destituição do líder trabalhista britânico antes das próximas eleições no Reino Unido, previstas para 2029. O FT conta que o multibilionário investiga como desestabilizar o governo de Starmer, além das fortes críticas que escreveu no X, como apoiar movimentos políticos britânicos alternativos, entre eles, o populista de extrema-direita Partido Reformista (Reform UK).
 
 Musk, conselheiro do presidente eleito dos EUA, também defendeu a libertação do extremista islâmofóbico Tommy Robinson, preso no Reino Unido por desrespeito aos tribunais.