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A Índia registrou outro recorde diário de infecções por Covid-19 e a Argentina contabilizou um número sem precedentes de mortes, um agravamento da crise sanitária que se traduziu no Japão nesta sexta-feira(23) em um novo estado de emergência três meses antes dos Jogos Olímpicos.
Nas últimas 24 horas, ocorreram 330.000 novos casos de Covid-19 e 2.000 mortes na Índia, cujo sistema de saúde desatualizado, sem investimento há anos, sofre com a falta de medicamentos e oxigênio medicinal.
O país registrou quase quatro milhões de casos até agora neste mês e os hospitais da capital, Nova Delhi, estão repetindo pedidos de ajuda para fornecer mais oxigênio.
"SOS - Menos de uma hora de suprimento de oxigênio no Max Smart Hospital e Max Hospital Saket. Esperamos novos suprimentos (...) Mais de 700 pacientes internados precisam de assistência imediata", tuitou nesta sexta-feira a Max Healthcare, uma das maiores redes de hospitais privados.
A Índia registrou mais de 16 milhões de casos de covid-19 e 187.000 mortes, embora em proporção à sua população (1,3 bilhão de pessoas), o balanço se mantenha inferior ao de muitos outros países.
O Brasil, com 212 milhões de habitantes, registrou 383.502 falecidos, o dobro da Índia.
Em termos absolutos, o país com mais mortes por Covid-19 são os Estados Unidos, com 571.091 óbitos.
O aparecimento da variante indiana representa uma nova ameaça e países como o Canadá, a França e os Emirados Árabes endureceram seus controles a viajantes indianos ou suspenderam suas conexões aéreas com a Índia.
Recorde na Argentina
Em todo o mundo, o coronavírus matou mais de 3.077.000 pessoas e infectou 114,6 milhões, de acordo com um balanço da AFP elaborarado nesta sexta-feira a partir de números oficiais.
Na América Latina e no Caribe, onde a Covid-19 deixou cerca de 883 mil mortes, a pandemia também está batendo recordes.
Com 557 mortes, a Argentina registrou nesta sexta-feira o maior número de mortes por covid-19 em um único dia, segundo o Ministério da Saúde e o saldo já chega a 61.176 mortes.
“O sistema de saúde está saturado e estamos muito próximos do colapso”, disse Nicolás Kreplak, vice-ministro da Saúde da província de Buenos Aires, a mais populosa com quase 40% dos habitantes da Argentina.
Como no resto do mundo, profissionais de saúde no Brasil precisam se fortalecer todos os dias para lidar com a tragédia.
“Geralmente pegamos pacientes chorando. Preocupados. A maioria acha que vai morrer”, diz Carlos Marques, 52 anos, motorista de ambulância de São Paulo, estado onde a doença já matou mais de 90 mil pessoas.
Além de dirigir, ele ajuda duas enfermeiras com quem divide o turno a transportar pacientes, se necessário. “No final das contas, isso nos emociona, porque estamos ao lado deles, presenciando seu sofrimento”, afirma.
Estado de emergência no Japão
Na Ásia, o governo japonês decidiu decretar um novo estado de emergência nas regiões de Tóquio, Kyoto, Osaka e Hyogo de domingo até 11 de maio, para conter a epidemia, agravada por novas variantes do vírus, a três meses dos Jogos Olímpicos.
Mesmo assim, as autoridades garantiram que essas medidas não impactarão a organização do evento.
No arquipélago japonês, a vacinação é lenta e menos de 0,7% da população já foi vacinada, segundo dados oficiais, devido a entraves burocráticos e prudência médica, segundo especialistas.
Na Europa, a vacinação também avança lentamente, mas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira que, até o final de julho, os países do bloco terão doses suficientes para imunizar 70% da população adulta, uma meta que havia sido definida para meados de setembro.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também reiterou nesta sexta-feira que os benefícios da vacina AstraZeneca aumentam com a idade e superam os riscos, apesar dos raros casos de coágulos detectados, após estudo realizado com esse imunizador.
O Chile recebeu seu primeiro lote de vacinas desse laboratório nesta sexta e decidiu aplicá-las apenas a homens.
Nos Estados Unidos, um grupo de especialistas recomendou que as autoridades de saúde retomem a aplicação das vacinas da Johnson & Johnson, após uma pausa motivada por preocupações com coágulos sanguíneos.
Enquanto isso, na Rússia, o presidente Vladimir Putin anunciou que decretará dez dias não úteis no final de maio para enfrentar a pandemia.
Já o governo austríaco indicou que reabrirá restaurantes, hotéis e espaços culturais em meados de maio.
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Nas últimas 24 horas, ocorreram 330.000 novos casos de Covid-19 e 2.000 mortes na Índia, cujo sistema de saúde desatualizado, sem investimento há anos, sofre com a falta de medicamentos e oxigênio medicinal.
O país registrou quase quatro milhões de casos até agora neste mês e os hospitais da capital, Nova Delhi, estão repetindo pedidos de ajuda para fornecer mais oxigênio.
"SOS - Menos de uma hora de suprimento de oxigênio no Max Smart Hospital e Max Hospital Saket. Esperamos novos suprimentos (...) Mais de 700 pacientes internados precisam de assistência imediata", tuitou nesta sexta-feira a Max Healthcare, uma das maiores redes de hospitais privados.
A Índia registrou mais de 16 milhões de casos de covid-19 e 187.000 mortes, embora em proporção à sua população (1,3 bilhão de pessoas), o balanço se mantenha inferior ao de muitos outros países.
O Brasil, com 212 milhões de habitantes, registrou 383.502 falecidos, o dobro da Índia.
Em termos absolutos, o país com mais mortes por Covid-19 são os Estados Unidos, com 571.091 óbitos.
O aparecimento da variante indiana representa uma nova ameaça e países como o Canadá, a França e os Emirados Árabes endureceram seus controles a viajantes indianos ou suspenderam suas conexões aéreas com a Índia.
Recorde na Argentina
Em todo o mundo, o coronavírus matou mais de 3.077.000 pessoas e infectou 114,6 milhões, de acordo com um balanço da AFP elaborarado nesta sexta-feira a partir de números oficiais.
Na América Latina e no Caribe, onde a Covid-19 deixou cerca de 883 mil mortes, a pandemia também está batendo recordes.
Com 557 mortes, a Argentina registrou nesta sexta-feira o maior número de mortes por covid-19 em um único dia, segundo o Ministério da Saúde e o saldo já chega a 61.176 mortes.
“O sistema de saúde está saturado e estamos muito próximos do colapso”, disse Nicolás Kreplak, vice-ministro da Saúde da província de Buenos Aires, a mais populosa com quase 40% dos habitantes da Argentina.
Como no resto do mundo, profissionais de saúde no Brasil precisam se fortalecer todos os dias para lidar com a tragédia.
“Geralmente pegamos pacientes chorando. Preocupados. A maioria acha que vai morrer”, diz Carlos Marques, 52 anos, motorista de ambulância de São Paulo, estado onde a doença já matou mais de 90 mil pessoas.
Além de dirigir, ele ajuda duas enfermeiras com quem divide o turno a transportar pacientes, se necessário. “No final das contas, isso nos emociona, porque estamos ao lado deles, presenciando seu sofrimento”, afirma.
Estado de emergência no Japão
Na Ásia, o governo japonês decidiu decretar um novo estado de emergência nas regiões de Tóquio, Kyoto, Osaka e Hyogo de domingo até 11 de maio, para conter a epidemia, agravada por novas variantes do vírus, a três meses dos Jogos Olímpicos.
Mesmo assim, as autoridades garantiram que essas medidas não impactarão a organização do evento.
No arquipélago japonês, a vacinação é lenta e menos de 0,7% da população já foi vacinada, segundo dados oficiais, devido a entraves burocráticos e prudência médica, segundo especialistas.
Na Europa, a vacinação também avança lentamente, mas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira que, até o final de julho, os países do bloco terão doses suficientes para imunizar 70% da população adulta, uma meta que havia sido definida para meados de setembro.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também reiterou nesta sexta-feira que os benefícios da vacina AstraZeneca aumentam com a idade e superam os riscos, apesar dos raros casos de coágulos detectados, após estudo realizado com esse imunizador.
O Chile recebeu seu primeiro lote de vacinas desse laboratório nesta sexta e decidiu aplicá-las apenas a homens.
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Enquanto isso, na Rússia, o presidente Vladimir Putin anunciou que decretará dez dias não úteis no final de maio para enfrentar a pandemia.
Já o governo austríaco indicou que reabrirá restaurantes, hotéis e espaços culturais em meados de maio.