Por Agência Brasil* Brasília

A prisão da diretora financeira da empresa chinesa Huawei, Wanzhou Meng, de 46 anos, detida há quase uma semana em território canadense, foi informada com antecedência, segundo o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Ele negou envolvimento de autoridades e agentes policiais do país na detenção. Para especialistas, a prisão pode levar a um novo embate entre os Estados Unidos, a China e o Canadá.

"Fomos informados do processo judicial poucos dias antes que acontecesse a detenção", disse Trudeau, em entrevista coletiva em Montreal, em alusão à prisão no último dia 1º de Wanzhou Meng, diretora financeira da Huawei e filha do fundador da companhia.

"Posso lhes assegurar que somos um país com Justiça independente e as autoridades apropriadas tomaram a decisão neste caso sem nenhuma intrusão ou interferência política", ressaltou Trudeau.

Prisão

A prisão da diretora da Huawei, de 46 anos, só foi revelada ontem (6), mas ela foi detida no sábado (1º), a pedido das autoridades americanas, para extradição aos Estados Unidos, pelo suposto crime de violar as sanções impostas por Washington ao Irã.

Após a confirmação da detenção em Vancouver, a Embaixada da China no Canadá emitiu comunicado, no qual denunciou sua detenção e advertiu que o país tomará "medidas para proteger com resolução os direitos legítimos e interesses dos cidadãos chineses".

A Embaixada da China protestou contra as autoridades americanas e canadenses. Também "exigiu que corrijam imediatamente o erro e devolvam a liberdade a Wanzhou Meng". O comunicado informou ainda que a China "se opõe com firmeza e protesta com energia contra esta ação que prejudicou gravemente os direitos humanos da vítima".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, declarou hoje que seu país "apresentou queixa formal à parte canadense e à americana, pedindo que expliquem imediatamente a razão da detenção e libertem a pessoa detida".

*Com informações da EFE