O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Chmygal, convidou nesta quinta-feira (27) o papa Francisco para visitar seu país em meio a uma audiência durante a qual lhe pediu ajuda para repatriar as crianças ucranianas deportadas pela Rússia. 
 
"Convidei Sua Santidade para visitar pessoalmente a Ucrânia", disse Chmygal, que falou com o pontífice argentino a portas fechadas por cerca de meia hora em seu escritório privado no palácio apostólico. 
 
"Conversamos sobre o plano de paz" do presidente ucraniano Volodimir Zelensky e sobre as diferentes "medidas que o Vaticano poderia tomar para nos ajudar a realizar esse plano", explicou Chmygal. 
 
"Pedi, por exemplo, a participação, a ajuda do Vaticano, de Sua Santidade, para que as crianças da Ucrânia voltem, algumas são órfãs e foram transferidas à força para a Rússia", declarou o primeiro-ministro ucraniano. 
 
As autoridades ucranianas calculam que mais de 16.000 crianças ucranianas foram "sequestradas" e levadas para a Rússia desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, e acredita-se que estejam em lares adotivos neste país. 
 
A Rússia nega as acusações e afirma ter "salvado" as crianças ucranianas ao retirá-las dos locais onde os combates acontecem e garante que estabeleceu os procedimentos para reuni-las com suas famílias.