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A saída do Panamá do acordo com o projeto chinês da Nova Rota da Seda, oficializada pelo governo panamenho esta semana, ocorre após a intensa pressão da administração norte-americana, que contou inclusive com a visita do Secretario de Estado dos EUA, Marco Rubio, ao país, visando deter a influência e controle de Pequim nas Américas.
O presidente panamenho, José Raul Mulino, confirmou na quinta-feira (6) em coletiva de imprensa, que estabeleceu à China o aviso prévio de 90 dias da decisão de não renovar com a iniciativa do empreendimento Nova Rota da Seda, um amplo programa internacional de infraestruturas transnacional lançado pelo país asiático.
As ameaças do presidente dos EUA e Donald Trump de retomar o controle sobre o Canal do Panamá, uma das principais vias do comércio da navegação global, nem que fosse pela força, fizeram Mulino ceder, segundo os analistas. "Trump quer ao mesmo tempo contrariar o problema do aumento das taxas de trânsito e a influência crescente da China no hemisfério ocidental", apontou num relatório o grupo Atlantic Council.
As empresas de Hong Kong Landbridge Group e a CK Hutchison Holdings operam atualmente portos em ambas as extremidades do Canal. Enquanto isso, para a nova gestão da Casa Branca, a presença chinesa representa um risco e despertou preocupação em relação a haver interesses também militares e fins de manobras estratégicas com o estabelecimento cada vez mais profundo de Pequim na América Latina.
Em 2024, a China já inaugurou na capital do Peru um gigantesco porto, que objetiva ser um centro logístico fundamental na região e um ponto de ligação importante entre a América do Sul e o Indo-Pacífico.
O Canal do Panamá, que é essencial para o comércio entre a Ásia e os portos na costa leste das Américas, ganhou renovada relevância com o aumento dos custos de transporte, em parte devido às secas registradas em 2023 e no início de 2024, que restringiram o número de navios que podiam transitar por aquela via.
O Canal é propriedade do Panamá desde 1999, quando Washington transferiu o controle para o país com a assinatura de dois tratados, sendo que um deles é um tratado de neutralidade, que exige que o Canal se mantenha em mãos neutras. O acordo ditou que, se isso não ocorresse, os EUA se reservavam ao direito de defender a infraestrutura por meios militares.
Entretanto, os EUA exercem uma forte influência econômica sobre o Panamá e é, além disso, o principal usuário do canal e maior fonte de investimento direto estrangeiro no país.
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A saída do Panamá do acordo com o projeto chinês da Nova Rota da Seda, oficializada pelo governo panamenho esta semana, ocorre após a intensa pressão da administração norte-americana, que contou inclusive com a visita do Secretario de Estado dos EUA, Marco Rubio, ao país, visando deter a influência e controle de Pequim nas Américas.
O presidente panamenho, José Raul Mulino, confirmou na quinta-feira (6) em coletiva de imprensa, que estabeleceu à China o aviso prévio de 90 dias da decisão de não renovar com a iniciativa do empreendimento Nova Rota da Seda, um amplo programa internacional de infraestruturas transnacional lançado pelo país asiático.
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O Canal do Panamá, que é essencial para o comércio entre a Ásia e os portos na costa leste das Américas, ganhou renovada relevância com o aumento dos custos de transporte, em parte devido às secas registradas em 2023 e no início de 2024, que restringiram o número de navios que podiam transitar por aquela via.
O Canal é propriedade do Panamá desde 1999, quando Washington transferiu o controle para o país com a assinatura de dois tratados, sendo que um deles é um tratado de neutralidade, que exige que o Canal se mantenha em mãos neutras. O acordo ditou que, se isso não ocorresse, os EUA se reservavam ao direito de defender a infraestrutura por meios militares.
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