Brasil247 - As forças de segurança da fronteira dos Estados Unidos atacaram neste domingo (25) a marcha dos migrantes que marcham desde meados de outubro a partir de Honduras e tentaram hoje entrar no país pelo México. Os policiais estadunidenses usaram gás lacrimogêneo contra os refugiados, muitos deles velhos, mulheres, inclusive grávidas, e crianças, que estão em Tijuana, no México. A marcha acontece sob hostilidade e seguidas ameaças públicas de Donald Trump.
O presidente Donald Trump chegou a afirmar em outubro que havia alertado o Exército e a Patrulha da Fronteira para que tratasse a marcha como uma "emergência nacional" e ameaçou os refugiados com uma ação armada das tropas, posição da qual acabou recuando. Ele também prometeu começar a "cortar, ou reduzir substancialmente" a verba destinadas para os países de origem da maioria dos migrantes. Iniciada em Honduras, a caravana teve adesão de pessoas de El Salvador e Guatemala.
Segundo o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Aziz Haq, citando estimativas da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o grupo soma mais de 7.000 pessoas. A estimativa anterior era de até 4.000 participantes.
"A caravana inclui 7.233 pessoas, a maioria das quais tem a intenção de continuar sua marcha até o norte", afirmou Hag, assinalando a necessidade de que sejam "tratados com respeito e dignidade".
Já Argelia Ramirez, porta-voz da caravana, estimou que o grupo tenha cerca de 10 mil pessoas e que 60% delas devem ficar no México. E ainda há mais pessoas que podem se juntar a caravana, que começou com 160 pessoas que se juntaram para fugir de Honduras e foi crescendo pelo o caminho.
Aumentou a tensão na fronteira entre o México e os EUA nos últimos dias. Trump suspendeu por 90 dias a entrada de imigrantes pelo México e assinou uma ordem que impede a concessão de refúgio para quem entrar ilegalmente no país.