(Sputnik) - Políticos e ministros israelenses de diferentes lados do espectro político expressaram indignação nesta segunda-feira (20) com a decisão do promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) Karim Khan de solicitar mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, juntamente com mandados de prisão para os líderes do movimento palestino Hamas.

 "O anúncio do promotor do TPI é mais do que ultrajante e mostra até que ponto o sistema judicial internacional está em perigo de colapso... Esperamos que todos os líderes do mundo livre condenem abertamente este passo e o rejeitem firmemente", disse o presidente israelense Isaac Herzog na X.

Ele também classificou como "ultrajantes" quaisquer tentativas de traçar paralelos entre o governo israelense e o Hamas.

O membro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, disse que a emissão de mandados de prisão para líderes israelenses seria um "crime histórico".

Enquanto isso, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, disse que o TPI demonstrou o tipo de "hipocrisia e ódio aos judeus" que o mundo não via "desde a propaganda nazista".

"Esses mandados de prisão serão o último prego no desmantelamento deste tribunal político e antissemita. Os amigos de Israel e as nações verdadeiramente iluminadas não permitirão que ele continue a existir e funcionar", disse Smotrich na X.

O líder da oposição israelense e um dos principais oponentes de Netanyahu, Yair Lapid, chamou a possível emissão de mandados de prisão para Netanyahu e Gallant de "um fracasso moral completo".

Israel lançou uma incursão terrestre na Faixa de Gaza depois que o Hamas atacou o Estado judeu em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 240 outras. Até agora, mais de 35.400 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades locais.

 

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