array(31) {
["id"]=>
int(166186)
["title"]=>
string(89) "Parlamento sul-coreano destitui presidente por tentativa fracassada de impor lei marciall"
["content"]=>
string(5224) "O Parlamento da Coreia do Sul destituiu neste sábado o presidente Yoon Suk Yeol por sua tentativa fracassada de estabelecer a lei marcial em 3 de dezembro, que abriu uma crise política sem precedentes no país e manifestações massivas.
"Sinto-me profundamente frustrado... mas agora devo afastar-me por um tempo", disse o presidente deposto Yoon. Em discurso transmitido pela televisão, apelou ao fim da “política dos excessos e do confronto”.
Do total de 300 deputados na Câmara, 204 votaram a favor da destituição do presidente por insurreição e 85 votaram contra, segundo os resultados anunciados pela presidência da Câmara. Houve três abstenções e oito votos nulos nesta nova moção de censura, bem sucedida depois de uma primeira apresentada pela oposição em 7 de dezembro que não teve sucesso.
Yoon está agora suspenso, aguardando que a Corte Constitucional valide ou não sua demissão. O tribunal tem 180 dias.
Pelo menos 200 mil manifestantes, segundo a polícia, reuniram-se em frente ao Parlamento à espera do resultado e explodiram de alegria ao ouvi-lo, segundo jornalistas da AFP.
Em outra parte da capital Seul, cerca de 30 mil pessoas reuniram-se para apoiar o presidente.
Park Chan-dae, líder do principal partido da oposição, o Partido Democrata, afirmou que “a destituição de hoje é uma grande vitória para o povo e para a democracia”.
“Não é surpreendente que nós, o povo, tenhamos conseguido isso juntos”, disse à AFP uma manifestante, Choi Jung-ha, 52 anos, que, apesar do frio congelante, começou a dançar na rua quando ouviu o resultado.
“Tenho 100% de certeza de que a Corte Constitucional apoiará a destituição”, acrescentou.
"Governança estável"
O primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá o cargo de presidente interino do país e prometeu exercer uma “governança estável”.
Se o tribunal confirmar a sua destituição, Yoon Suk Yeol será o segundo presidente na história da Coreia do Sul a terminar assim, depois da líder Park Geun-hye em 2017.
No entanto, existe também um precedente em que a destituição aprovada pelo Parlamento foi invalidada dois meses depois pela Corte Constitucional, a do presidente Roh Moo-hyun em 2004.
O presidente Yoon, de 63 anos e com baixos níveis de popularidade, surpreendeu o país ao anunciar a imposição da lei marcial na noite de 3 de dezembro e ao enviar o exército ao Parlamento para impedir a reunião dos deputados.
O presidente, empenhado em uma disputa com a oposição pelo orçamento, acusou seus rivais políticos de se comportarem como “forças contrárias ao Estado”, e disse que procurou com esta medida extrema proteger o país das “ameaças” do regime comunista da Coreia do Norte.
A decisão provocou um movimento de indignação, com milhares de manifestantes que se mobilizaram imediatamente e confrontaram os militares em frente ao Parlamento.
Os deputados conseguiram se reunir e em questão de horas votaram contra a lei marcial.
"
["author"]=>
string(25) "AFP/ Diario de Pernambuco"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(622022)
["filename"]=>
string(11) "yonsuki.jpg"
["size"]=>
string(5) "88386"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(3) "aa/"
}
["image_caption"]=>
string(46) " HANDOUT/South Korean Presidential Office/AFP"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(0) ""
["author_slug"]=>
string(24) "afp-diario-de-pernambuco"
["views"]=>
int(69)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(89) "parlamento-sul-coreano-destitui-presidente-por-tentativa-fracassada-de-impor-lei-marciall"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-12-14 21:28:23.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-12-14 21:32:14.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-12-14T21:30:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(14) "aa/yonsuki.jpg"
}
O Parlamento da Coreia do Sul destituiu neste sábado o presidente Yoon Suk Yeol por sua tentativa fracassada de estabelecer a lei marcial em 3 de dezembro, que abriu uma crise política sem precedentes no país e manifestações massivas.
"Sinto-me profundamente frustrado... mas agora devo afastar-me por um tempo", disse o presidente deposto Yoon. Em discurso transmitido pela televisão, apelou ao fim da “política dos excessos e do confronto”.
Do total de 300 deputados na Câmara, 204 votaram a favor da destituição do presidente por insurreição e 85 votaram contra, segundo os resultados anunciados pela presidência da Câmara. Houve três abstenções e oito votos nulos nesta nova moção de censura, bem sucedida depois de uma primeira apresentada pela oposição em 7 de dezembro que não teve sucesso.
Yoon está agora suspenso, aguardando que a Corte Constitucional valide ou não sua demissão. O tribunal tem 180 dias.
Pelo menos 200 mil manifestantes, segundo a polícia, reuniram-se em frente ao Parlamento à espera do resultado e explodiram de alegria ao ouvi-lo, segundo jornalistas da AFP.
Em outra parte da capital Seul, cerca de 30 mil pessoas reuniram-se para apoiar o presidente.
Park Chan-dae, líder do principal partido da oposição, o Partido Democrata, afirmou que “a destituição de hoje é uma grande vitória para o povo e para a democracia”.
“Não é surpreendente que nós, o povo, tenhamos conseguido isso juntos”, disse à AFP uma manifestante, Choi Jung-ha, 52 anos, que, apesar do frio congelante, começou a dançar na rua quando ouviu o resultado.
“Tenho 100% de certeza de que a Corte Constitucional apoiará a destituição”, acrescentou.
"Governança estável"
O primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá o cargo de presidente interino do país e prometeu exercer uma “governança estável”.
Se o tribunal confirmar a sua destituição, Yoon Suk Yeol será o segundo presidente na história da Coreia do Sul a terminar assim, depois da líder Park Geun-hye em 2017.
No entanto, existe também um precedente em que a destituição aprovada pelo Parlamento foi invalidada dois meses depois pela Corte Constitucional, a do presidente Roh Moo-hyun em 2004.
O presidente Yoon, de 63 anos e com baixos níveis de popularidade, surpreendeu o país ao anunciar a imposição da lei marcial na noite de 3 de dezembro e ao enviar o exército ao Parlamento para impedir a reunião dos deputados.
O presidente, empenhado em uma disputa com a oposição pelo orçamento, acusou seus rivais políticos de se comportarem como “forças contrárias ao Estado”, e disse que procurou com esta medida extrema proteger o país das “ameaças” do regime comunista da Coreia do Norte.
A decisão provocou um movimento de indignação, com milhares de manifestantes que se mobilizaram imediatamente e confrontaram os militares em frente ao Parlamento.
Os deputados conseguiram se reunir e em questão de horas votaram contra a lei marcial.