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string(82) "Parlamento alemão rejeita lei anti-imigração que uniu direita e extrema-direita"
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O Parlamento da Alemanha (Bundestag) não aprovou nesta sexta-feira (31) a lei anti-imigração que juntou os conservadores do partido de centro-direita CDU (União Cristã Democrática) e o partido de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha), num acordo inédito que não acontecia desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O líder da CDU, Friedrich Merz, havia argumentado que o novo projeto de lei era necessário como resposta a um ataque a faca que deixou duas pessoas mortas, atribuído a um afegão em situação irregular. A lei propunha endurecer as políticas nas regras migratórias, incluindo os pedidos de asilo.
Entretanto, apos ser abonada pela direita e extrema-direita na última quarta-feira, a votação, que ainda não estava vinculada ao legislativo, projetou um forte caráter simbólico, já que o texto, conduzido pelos conservadores da CDU, foi aprovado com o apoio do partido de extrema direita alemã, a AfD.
Mas, o CDU foi alvo de intensas críticas da população, de muitas autoridades e personalidades e de alguns políticos do próprio partido por causa do acordo firmado um com a radical AfD. Além disso, centenas de pessoas participaram de uma manifestação em frente à sede CDU, em Berlim, em protesto contra a lei
O Partido Social Democrata (SPD) do atual chanceler Olaf Scholz, condenou a aprovação do projeto em parceria com a AfD, apontando um claro indício de quebra do Brandmauer, termo usado para a "barreira política" convencionada pelos partidos alemães ao não formarem coalizões ou qualquer aliança com a AfD.
Já a votação de hoje obteve 350 votos contra, 338 a favor e com cinco abstenções. Doze deputados conservadores do CDU optaram por vetar a lei, o que constitui um golpe contra Merz. “A lei foi rejeitada”, anunciou Petra Pau, a vice-presidente do Bundestag.
Merz, por outro lado, comentou que a votação mostrou clareza, mas que esperava um resultado diferente.
No entanto, depois da votação, a líder do partido de extrema-direita, Alice Weidel, fez duras críticas a Merz, dizendo que ele não sabia convencer os próprios membros do seu partido e que demonstra não ter capacidade para ser o novo chanceler do país. O resultado no Parlamento ainda foi aproveitado por Weidel para defender que os alemães têm somente o seu partido para fazer uma mudança radical nas políticas de migração.
Já o CDU continua à frente nas sondagens eleitorais, com Merz favorito a vencer as eleições antecipadas a chanceler alemão em 23 de fevereiro. No momento pesquisas mostram que cerca de 67 % querem um controle mais rígido nas fronteiras da Alemanha, um número que inclui metade dos apoiadores de Scholz.
A AfD, o partido de extrema-direita apoiado pelo empresário Elon Musk, acusado pelas autoridades do país e da União Europeia de interferência, é contra a imigração e defende a expulsão em grande escala de estrangeiros residentes na Alemanha. Também são contra as medidas de combate às alterações climáticas, a moeda do euro e a maioria partidária quer a saída da Alemanha da UE, além de retomar o programa de energia nuclear. Muitos populares e especialistas associam e analisam seu crescimento a uma ascensão da volta do nazifascismo ao país. O serviço de inteligência alemão considera a ala da juventude do AfD como um grupo extremista.
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O Parlamento da Alemanha (Bundestag) não aprovou nesta sexta-feira (31) a lei anti-imigração que juntou os conservadores do partido de centro-direita CDU (União Cristã Democrática) e o partido de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha), num acordo inédito que não acontecia desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
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O Partido Social Democrata (SPD) do atual chanceler Olaf Scholz, condenou a aprovação do projeto em parceria com a AfD, apontando um claro indício de quebra do Brandmauer, termo usado para a "barreira política" convencionada pelos partidos alemães ao não formarem coalizões ou qualquer aliança com a AfD.
Já a votação de hoje obteve 350 votos contra, 338 a favor e com cinco abstenções. Doze deputados conservadores do CDU optaram por vetar a lei, o que constitui um golpe contra Merz. “A lei foi rejeitada”, anunciou Petra Pau, a vice-presidente do Bundestag.
Merz, por outro lado, comentou que a votação mostrou clareza, mas que esperava um resultado diferente.
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