ITÁLIA


O papa Francisco voltará a falar aos domingos a partir da sua janela do palácio apostólico aos fiéis reunidos na praça de São Pedro por ocasião Angelus, uma tradição que foi interrompida em decorrência da pandemia de coronavírus, informou o Vaticano nesta terça-feira (26).

Desde que a Itália ordenou o confinamento de seus 60 milhões de habitantes em 9 de março devido à pandemia, o Vaticano, localizado no coração de Roma, teve que respeitar as mesmas regras, de modo que a imensa esplanada permaneceu vazia por mais de dois meses.


Neste contexto, o papa argentino continuou a se comunicar aos domingos por streaming a partir da sua biblioteca particular, enquanto o Vaticano passou a transmitir online todos os dias a missa celebrada pelo pontífice na modesta capela de sua residência, uma iniciativa que teve muito sucesso nos países da América Latina.


No domingo passado, o papa se inclinou pela janela para uma breve saudação aos fotógrafos e aos poucos fiéis autorizados a entrar na Praça de São Pedro.


Os serviços policiais e de vigilância controlam o respeito das disposições para impedir que o vírus se espalhe novamente, inclusive mantendo uma distância interpessoal de segurança de pelo menos um metro e uso de máscara.


O papa deve celebrar no domingo a missa de Pentecostes dentro da Basílica de São Pedro, mas sem a presença dos fiéis. 


No sábado, Francisco rezará o rosário em homenagem a todos os afetados pela pandemia junto a uma reprodução da Gruta de Lourdes, que fica nos jardins do Vaticano, um evento que será transmitido online a muitos países. 


Além disso, os responsáveis pelos santuários marianos dos cinco continentes, que devido ao coronavírus tiveram que interromper as peregrinações, participarão da oração, durante a qual o pontífice "invocará a ajuda e o socorro da Virgem Maria" para a pandemia e "confiará ao Senhor toda a humanidade", informou o Vaticano.


Representantes dos grupos mais afetados pelo coronavírus participarão da oração do rosário, incluindo parentes de vítimas, médicos, enfermeiros, profissionais da saúde, pessoas que superaram a doença, um capelão hospitalar, uma enfermeira religiosa, um farmacêutico, um voluntário e um jornalista.


São profissionais que continuaram trabalhando durante o confinamento e a quem o papa dedicou suas orações durante esses meses de confinamento.


Uma família com um filho nascido durante o confinamento também foi convidada, como uma mensagem "de esperança e vitória da vida sobre a morte", disse a Santa Sé.