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A pandemia de Covid-19 enche hospitais nas Américas, enquanto expõe a desigualdade entre os países no acesso às vacinas, alertou nesta quarta-feira a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Carissa Etienne, diretora da organização, indicou em entrevista coletiva virtual que, na semana passada, 40% das mortes por Covid-19 no mundo ocorreram na região, e que há mais países do que nunca relatando mais de 1.000 casos diários.
A região América Latina e Caribe soma mais de 934 mil mortos e quase 30 milhões de casos da doença, segundo um balanço da AFP.
- Vacinação desigual -
O abismo aumenta entre países ricos, onde o sucesso das campanhas de vacinação permite um levantamento progressivo das restrições - e as nações mais pobres. Como exemplo disso, o Canadá aprovou hoje o uso da vacina Pfizer-BioNTech em pessoas a partir de 12 anos, tornando-se o primeiro país a autorizar a aplicação do imunizante em pessoas tão jovens.
Os Estados Unidos pretendem seguir o mesmo caminho na semana que vem. Na União Europeia, mais de um quarto da população recebeu ao menos uma dose de vacina e mais de 9%, as duas.
Depois que a OMS pediu solidariedade ao G7, os integrantes desse grupo discutiram em Londres formas de aumentar sua ajuda financeira ou compartilhar as doses que sobraram. Ante sua exposição a possíveis infectados pela Covid, o chefe da diplomacia indiana, Subrahmanyam Jaishankar, participou remotamente da reunião.
- Segunda onda na Índia -
A Índia, que sofre com uma segunda onda da pandemia devastadora, registrou 3.780 mortos e 382.000 casos de Covid em 24 horas. A doença já causou mais de 220 mil mortes naquele país e deixou cerca de 20,3 milhões de doentes, balanço que muitos consideram não condizente com a realidade, que seria ainda mais grave.
A nova onda devastadora da pandemia é atribuída, entre outras razões, aos grandes eventos religiosos e políticos dos últimos meses e à falta de ação do governo. Os hospitais estão lotados e faltam oxigênio, medicamentos e leitos, apesar da ajuda internacional.
O gigante asiático anunciou hoje 6,7 bilhões de dólares em créditos para financiar as fabricantes de vacinas, os hospitais e as empresas do setor de saúde que combatem a segunda onda da doença.
O Paquistão acompanha com preocupação o que acontece no país vizinho. Milhares de muçulmanos participaram ontem de uma procissão religiosa em Lahore, desrespeitando as medidas de distanciamento social.
A pandemia já matou mais de 3,2 milhões de pessoas no mundo, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais.
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A pandemia de Covid-19 enche hospitais nas Américas, enquanto expõe a desigualdade entre os países no acesso às vacinas, alertou nesta quarta-feira a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Carissa Etienne, diretora da organização, indicou em entrevista coletiva virtual que, na semana passada, 40% das mortes por Covid-19 no mundo ocorreram na região, e que há mais países do que nunca relatando mais de 1.000 casos diários.
A região América Latina e Caribe soma mais de 934 mil mortos e quase 30 milhões de casos da doença, segundo um balanço da AFP.
- Vacinação desigual -
O abismo aumenta entre países ricos, onde o sucesso das campanhas de vacinação permite um levantamento progressivo das restrições - e as nações mais pobres. Como exemplo disso, o Canadá aprovou hoje o uso da vacina Pfizer-BioNTech em pessoas a partir de 12 anos, tornando-se o primeiro país a autorizar a aplicação do imunizante em pessoas tão jovens.
Os Estados Unidos pretendem seguir o mesmo caminho na semana que vem. Na União Europeia, mais de um quarto da população recebeu ao menos uma dose de vacina e mais de 9%, as duas.
Depois que a OMS pediu solidariedade ao G7, os integrantes desse grupo discutiram em Londres formas de aumentar sua ajuda financeira ou compartilhar as doses que sobraram. Ante sua exposição a possíveis infectados pela Covid, o chefe da diplomacia indiana, Subrahmanyam Jaishankar, participou remotamente da reunião.
- Segunda onda na Índia -
A Índia, que sofre com uma segunda onda da pandemia devastadora, registrou 3.780 mortos e 382.000 casos de Covid em 24 horas. A doença já causou mais de 220 mil mortes naquele país e deixou cerca de 20,3 milhões de doentes, balanço que muitos consideram não condizente com a realidade, que seria ainda mais grave.
A nova onda devastadora da pandemia é atribuída, entre outras razões, aos grandes eventos religiosos e políticos dos últimos meses e à falta de ação do governo. Os hospitais estão lotados e faltam oxigênio, medicamentos e leitos, apesar da ajuda internacional.
O gigante asiático anunciou hoje 6,7 bilhões de dólares em créditos para financiar as fabricantes de vacinas, os hospitais e as empresas do setor de saúde que combatem a segunda onda da doença.
O Paquistão acompanha com preocupação o que acontece no país vizinho. Milhares de muçulmanos participaram ontem de uma procissão religiosa em Lahore, desrespeitando as medidas de distanciamento social.
A pandemia já matou mais de 3,2 milhões de pessoas no mundo, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais.