GUERRA

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina denunciou Israel de já ter iniciado os ataques a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, sem anunciar publicamente, para evitar as reações internacionais. 

Em um comunicado, a chancelaria condenou a escalada dos bombardeios e a destruição sistemática pelas forças israelenses em Rafah, afirmando que, ao realizar estes ataques, o governo de Tel Aviv ignora propositadamente os avisos da comunidade internacional sobre o perigo de invadir a cidade, que se opõe a uma ação militar na região que poderá trazer consequências ainda mais catastróficas para os civis refugiados naquela área.
 
Segundo as estimativas, a população de Rafah aumentou para cerca de 1,5 milhões, o que inclui milhares de pessoas deslocadas das zonas centro e norte do enclave palestino.
 
Nas últimas 24 horas, pelo menos 93 palestinos foram mortos e 142 ficaram feridos nas após um ataque aéreo em Rafah.
 
Por outro lado, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que a reunião entre as autoridades israelitas e americanas que vão discutir a iminente operação em Rafah deverá ocorrer no início da próxima semana.
 
Jean-Pierre ainda reiterou que Israel tem de permitir a entrada de ajuda humanitária no território palestino e garantiu que o governo dos Estados Unidos está profundamente preocupado com o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), que aponta que a Faixa de Gaza está em risco iminente de fome generalizada.
 
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também reafirmou que toda a população de Gaza está em situação de grave insegurança alimentar.