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string(64) "Organizações humanitárias delatam entraves para atuar em Gaza"
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string(5921) "FAIXA DE GAZA
Mais de 12 Organizações não-governamentais (ONG), onde se destacam os Médicos Sem Fronteiras (MSF), o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC), Save the Children, Oxfam ou Médicos do Mundo (MM), denunciaram num relatório as dificuldades e entraves que enfrentam para conseguir atuar na Faixa de Gaza, sobretudo na impossibilidade de fornecer ajuda humanitária à população palestina.
“O movimento para chegar às pessoas mais vulneráveis no interior de Gaza é inseguro e restringido”, apontam as ONGs, e acrescentam que o fato de alguns caminhões com ajuda humanitária conseguir entrar no enclave não garante que os recursos cheguem ao seu destino por motivos de segurança.
O relatório também alertou para a intensidade dos ataques das forças israelenses que coincide com o aumento da deterioração das possibilidades para a entrega de ajuda humanitária, agravada pelas ofensivas terrestres sobre a cidade de Rafah, no sul de Gaza, e onde se concentram ainda milhares de palestinos. As autoridades médicas no local ainda informaram ter recuperado os corpos de 10 palestinos mortos em bombardeios, sendo que alguns já estavam em estado de decomposição.
O exército de Israel aumentou também os ataques aéreos e com veículos de combate no centro de Gaza, nos históricos campos de refugiados de Al-Bureij e Al-Maghazi. De acordo com fontes médicas na região, cinco palestinos foram mortos no campo de Al-Maghazi esta manhã. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza cerca de 80 palestinos foram mortos e 216 ficaram feridos nos ataques das últimas 24 horas. No sábado, pelo menos 90 civis palestinos foram mortos num bombardeio em Al-Mawasi, designada como zona humanitária por Israel, o que acabou levando o Hamas a abandonar as negociações de cessar-fogo e troca de prisioneiros que estavam em curso, com mediação do Catar e Egito.
Já o chefe da agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou nesta segunda-feira que a sede da instituição em Gaza foi transformada num campo de batalha durante confrontos recentes. "Mais um episódio de flagrante desrespeito pelo direito humanitário internacional. As infraestruturas das Nações Unidas devem ser protegidas em todo o momento. Nunca devem ser usadas com objetivos militares. Chocante", acusou Lazzarini
Enquanto isso, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visa desmantelar a agência, acusa a ONU de ser anti-Israel e agora o parlamento israelita considera declarar a UNRWA como organização terrorista.
A UNRWA garante apoio a milhões de palestinos nas áreas da educação, saúde e ajuda humanitária em Gaza e da Cisjordânia ocupada, e aos palestinos refugiados na Jordânia, Síria e Líbano, desempenhando ainda um papel essencial nas operações humanitárias no enclave palestino desde o inicio do conflito.
Desde o ataque de 7 de outubro as tropas ou colonos israelenses já mataram mais de 518 palestinos na Cisjordânia e o governo de Israel também já deteve milhares de palestinos na Cisjordânia ocupada e os grupos de defesa dos direitos humanos e organizações internacionais têm denunciado os abusos de larga escala cometidos contra palestinos detidos pelos israelitas naquele território.
Os custos da destruição
Segundo a estimativa do recente relatório da ONU, levará cerca de 15 anos para limpar quase 40 milhões de toneladas de destroços de guerra em Gaza e a operação custaria entre 500 e 600 milhões de dólares. A análise do Programa Ambiental da ONU mostra que à destruição de casas e infraestruturas revela que pelo menos 137.297 prédios já ficaram danificados, mais de metade do total do território. Um quarto deles ficou totalmente destruído, um décimo severamente danificado e um terço danificado moderadamente.
“Seriam necessários entre 250 e 500 hectares de aterros para despejar os destroços, dependendo de quanto poderia ser reciclados”, indica o documento.
Já o Programa da ONU para o Desenvolvimento (UNDP) aponta que a reconstrução das casas demoraria no mínimo até 2040 no cenário mais otimista de todos e isso se o conflito terminasse agora, onde calculou uma média de 40 bilhões de dólares o custo total de reconstrução do território. O UNDP avançou que a guerra reduziu a saúde, educação e a produtividade em Gaza em aproximadamente 44 anos de desenvolvimento que vinha sendo feito no terreno.
Entre as infraestruturas parcial ou totalmente danificadas estão escolas, centros de saúde, estradas, sistemas de esgotos, residências, plantações entre outros.
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“O movimento para chegar às pessoas mais vulneráveis no interior de Gaza é inseguro e restringido”, apontam as ONGs, e acrescentam que o fato de alguns caminhões com ajuda humanitária conseguir entrar no enclave não garante que os recursos cheguem ao seu destino por motivos de segurança.
O relatório também alertou para a intensidade dos ataques das forças israelenses que coincide com o aumento da deterioração das possibilidades para a entrega de ajuda humanitária, agravada pelas ofensivas terrestres sobre a cidade de Rafah, no sul de Gaza, e onde se concentram ainda milhares de palestinos. As autoridades médicas no local ainda informaram ter recuperado os corpos de 10 palestinos mortos em bombardeios, sendo que alguns já estavam em estado de decomposição.
O exército de Israel aumentou também os ataques aéreos e com veículos de combate no centro de Gaza, nos históricos campos de refugiados de Al-Bureij e Al-Maghazi. De acordo com fontes médicas na região, cinco palestinos foram mortos no campo de Al-Maghazi esta manhã. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza cerca de 80 palestinos foram mortos e 216 ficaram feridos nos ataques das últimas 24 horas. No sábado, pelo menos 90 civis palestinos foram mortos num bombardeio em Al-Mawasi, designada como zona humanitária por Israel, o que acabou levando o Hamas a abandonar as negociações de cessar-fogo e troca de prisioneiros que estavam em curso, com mediação do Catar e Egito.
Já o chefe da agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou nesta segunda-feira que a sede da instituição em Gaza foi transformada num campo de batalha durante confrontos recentes. "Mais um episódio de flagrante desrespeito pelo direito humanitário internacional. As infraestruturas das Nações Unidas devem ser protegidas em todo o momento. Nunca devem ser usadas com objetivos militares. Chocante", acusou Lazzarini
Enquanto isso, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visa desmantelar a agência, acusa a ONU de ser anti-Israel e agora o parlamento israelita considera declarar a UNRWA como organização terrorista.
A UNRWA garante apoio a milhões de palestinos nas áreas da educação, saúde e ajuda humanitária em Gaza e da Cisjordânia ocupada, e aos palestinos refugiados na Jordânia, Síria e Líbano, desempenhando ainda um papel essencial nas operações humanitárias no enclave palestino desde o inicio do conflito.
Desde o ataque de 7 de outubro as tropas ou colonos israelenses já mataram mais de 518 palestinos na Cisjordânia e o governo de Israel também já deteve milhares de palestinos na Cisjordânia ocupada e os grupos de defesa dos direitos humanos e organizações internacionais têm denunciado os abusos de larga escala cometidos contra palestinos detidos pelos israelitas naquele território.
Os custos da destruição
Segundo a estimativa do recente relatório da ONU, levará cerca de 15 anos para limpar quase 40 milhões de toneladas de destroços de guerra em Gaza e a operação custaria entre 500 e 600 milhões de dólares. A análise do Programa Ambiental da ONU mostra que à destruição de casas e infraestruturas revela que pelo menos 137.297 prédios já ficaram danificados, mais de metade do total do território. Um quarto deles ficou totalmente destruído, um décimo severamente danificado e um terço danificado moderadamente.
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