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string(75) "ONU pede 'libertação imediata' de preso político no Egito, sede da COP27"
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string(4638) "A ONU exigiu nesta terça-feira (8) a "libertação imediata" do preso político mais conhecido do Egito, Alaa Abdel Fattah, que parou de comer e beber e está em risco de morte, aumentando a pressão sobre o país que recebe a COP27. O tema é muito sensível no Egito, frequentemente criticado por suas violações de direitos humanos.
O serviço de segurança da ONU, organizadora oficial da cúpula do clima, teve de retirar do recinto nesta terça um deputado egípcio que atacou Sanaa Seif, irmã de Abdel Fattah, que participava de uma coletiva de imprensa na COP27 em Sharm el-Sheikh, constatou um jornalista da AFP.
Abdel Fattah, de dupla nacionalidade egípcia e britânica, engenheiro de formação e blogueiro pró-democracia, foi condenado no final de 2021 a cinco anos de prisão por "divulgação de informações falsas", após passar a maior parte da década passada atrás das grades. Ele é um ferrenho inimigo do regime do presidente Abdul Fattah al-Sissi.
Ficou conhecido durante o movimento sindical Kefaya nos anos 2000. Também participou da revolução de 2011 que levou à queda de Hosni Mubarak e das marchas contra o Mohamed Morsi e Al-Sissi.
Greve de fome
Desde 2 de abril, após dois anos de detenção, o ativista não toma mais do que um copo de chá e uma colher de mel por dia na prisão de Wadi al-Natrun, ao noroeste do Cairo. Também deixou de beber líquidos no domingo, quando começou a COP27 no país.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, "lamentou profundamente que as autoridades egípcias ainda não tenham libertado o blogueiro e militante", cuja "vida está em grave perigo", disse Ravina Shamdasani, sua porta-voz, durante a coletiva de imprensa da ONU em Genebra.
"Estamos extremamente preocupados com a saúde dele", afirmou Shamdasina, especialmente porque a família do ativista não conseguiu "entrar em contato com ele nos últimos dois dias".
Türk pediu às autoridades "que liberem imediatamente todas as pessoas detidas arbitrariamente, incluindo as que se encontram em prisão preventiva, assim como as pessoas condenadas injustamente". Türk abordou o caso de Alaa Abdel Fattah com as autoridades egípcias na sexta-feira, observou a porta-voz.
Pressão internacional
O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez o mesmo com as autoridades egípcias à margem da COP27. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron, também aproveitaram a COP27 para se referir ao caso do ativista.
Nesta terça-feira, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu "uma decisão imediata, a libertação" de Abdel Fattah para evitar una consequência "mortal".
O relator especial da ONU para a liberdade associação, Clément Voule, também se somou aos apelos pela libertação imediata do ativista.
"Lembro às autoridades egípcias que a participação cívica é fundamental para o avanço da justiça climática", disse Voule.
Diante do silêncio do alto escalão do Estado egípcio, o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Choukri, presidente da COP27, respondeu na televisão que Alaa Abdel Fattah "se beneficia de todos os cuidados necessários na prisão".
Acrescentou ainda que o Egito não reconheceu formalmente a nacionalidade britânica do prisioneiro. Para a irmã Sanaa Seif, estes "cuidados" podem na verdade significar que seu irmão será submetido a uma "alimentação forçada".
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O serviço de segurança da ONU, organizadora oficial da cúpula do clima, teve de retirar do recinto nesta terça um deputado egípcio que atacou Sanaa Seif, irmã de Abdel Fattah, que participava de uma coletiva de imprensa na COP27 em Sharm el-Sheikh, constatou um jornalista da AFP.
Abdel Fattah, de dupla nacionalidade egípcia e britânica, engenheiro de formação e blogueiro pró-democracia, foi condenado no final de 2021 a cinco anos de prisão por "divulgação de informações falsas", após passar a maior parte da década passada atrás das grades. Ele é um ferrenho inimigo do regime do presidente Abdul Fattah al-Sissi.
Ficou conhecido durante o movimento sindical Kefaya nos anos 2000. Também participou da revolução de 2011 que levou à queda de Hosni Mubarak e das marchas contra o Mohamed Morsi e Al-Sissi.
Greve de fome
Desde 2 de abril, após dois anos de detenção, o ativista não toma mais do que um copo de chá e uma colher de mel por dia na prisão de Wadi al-Natrun, ao noroeste do Cairo. Também deixou de beber líquidos no domingo, quando começou a COP27 no país.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, "lamentou profundamente que as autoridades egípcias ainda não tenham libertado o blogueiro e militante", cuja "vida está em grave perigo", disse Ravina Shamdasani, sua porta-voz, durante a coletiva de imprensa da ONU em Genebra.
"Estamos extremamente preocupados com a saúde dele", afirmou Shamdasina, especialmente porque a família do ativista não conseguiu "entrar em contato com ele nos últimos dois dias".
Türk pediu às autoridades "que liberem imediatamente todas as pessoas detidas arbitrariamente, incluindo as que se encontram em prisão preventiva, assim como as pessoas condenadas injustamente". Türk abordou o caso de Alaa Abdel Fattah com as autoridades egípcias na sexta-feira, observou a porta-voz.
Pressão internacional
O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez o mesmo com as autoridades egípcias à margem da COP27. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron, também aproveitaram a COP27 para se referir ao caso do ativista.
Nesta terça-feira, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu "uma decisão imediata, a libertação" de Abdel Fattah para evitar una consequência "mortal".
O relator especial da ONU para a liberdade associação, Clément Voule, também se somou aos apelos pela libertação imediata do ativista.
"Lembro às autoridades egípcias que a participação cívica é fundamental para o avanço da justiça climática", disse Voule.
Diante do silêncio do alto escalão do Estado egípcio, o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Choukri, presidente da COP27, respondeu na televisão que Alaa Abdel Fattah "se beneficia de todos os cuidados necessários na prisão".
Acrescentou ainda que o Egito não reconheceu formalmente a nacionalidade britânica do prisioneiro. Para a irmã Sanaa Seif, estes "cuidados" podem na verdade significar que seu irmão será submetido a uma "alimentação forçada".