Nesta sexta-feira (9), a Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou que os prisioneiros de guerra ucranianos e russos são vítimas de tortura e maus tratos. A chefe da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, Matilda Bogner, afirmou que a situação é particularmente alarmante no campo de prisioneiros de Olenivka, na província de Donetsk, ocupada pela Rússia. "Documentamos uma série de violações contra prisioneiros de guerra. Tivemos acesso total aos locais de detenção e internamento no território controlado pelo governo da Ucrânia, mas a Rússia não nos deu acesso", declarou Bogner.
A representante para a Ucrânia do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU acrescentou que os prisioneiros ucranianos são espancados quando chegam aos centros de detenção e que os que sofrem de hepatite, tuberculose entre outras doenças não recebem tratamento. “Teme-se que a situação de saúde se deteriore e que possa haver um surto infeccioso difícil de controlar”, disse. Bogner ainda relatou que a ONU tem dados sobre pelo menos quatro prisioneiras de guerra grávidas e que foi pedido à Moscou que as libertasse por razões humanitárias, mas não obteve resposta.
A entidade documentou casos de prisioneiros ucranianos que não possui permissão para comunicar as famílias que foram capturados e que os escritórios em direitos humanos que a ONU estabeleceu em toda a Ucrânia recebem diariamente inúmeras chamadas telefônicas de parentes à procura de informações sobre soldados ou civis desaparecidos. Bogner assegurou que a ONU tem amplo acesso aos centros de detenção de prisioneiros de guerra russos na Ucrânia, no entanto destacou que nestes locais também ocorre tortura e maus-tratos frequentes nos interrogatórios e durante a transferência do detido para a prisão. “Mas a Ucrânia cumpre, geralmente, os padrões de tratamento humanitário”, apontou.
Até o momento, o departamento dos Direitos Humanos da ONU confirmou que 5.767 civis ucranianos foram mortos e 8.292 feridos, apesar de enfatizar que os números reais são muito maiores. Além disso, desde o começo da guerra, 416 pessoas foram detidas arbitrariamente e desapareceram em territórios sob controle russo, e que, destas, apenas 166 foram libertadas, enquanto 16 foram encontradas mortas. Já as forças ucranianas efetuaram 51 detenções arbitrárias, existindo informações sobre o desaparecimento de 30 pessoas.
ONU denuncia tortura de prisioneiros na guerra da Ucrânia
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