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Uma ONG alemã anunciou nesta segunda-feira (6) que entrou com uma ação judicial na Alemanha contra várias empresas, como C&A e Hugo Boss, por supostamente "se beneficiarem" do trabalho forçado de membros da minoria muçulmana uigur na China, uma acusação negada pelas companhias.
O Centro Europeu para Direitos Constitucionais e Direitos Humanos (ECCHR), uma organização não governamental com sede em Berlim, afirmou ter "apresentado uma denúncia contra várias empresas alemãs" por "suposta cumplicidade em crimes contra a humanidade".
Entre elas estão Hugo Boss, C&A, Lidl, Aldi Norte e Aldi Sur. A organização as acusa de "se beneficiarem e serem cúmplices, direta ou indiretamente, do trabalho forçado da minoria uigur em Xinjiang".
Vários países ocidentais acusam a China de prender em massa membros dessa comunidade, em sua maioria muçulmana e de língua turca, em campos de trabalho localizados no oeste do país. Pequim nega o termo "genocídio" e afirma que se tratam de centros de formação profissional.
Muitas fábricas têxteis operam nesta região e, segundo ativistas, são fornecedoras de multinacionais.
A ONG reconhece que é difícil obter provas tangíveis de trabalho forçado entre os fornecedores dessas empresas, mas questiona "se o fato de manter relações comerciais não é uma forma de ajudar e promover esses crimes", disse à AFP a advogada Miriam Saage-Maass, diretora do ECCHR.
Segundo ela, “esses cinco casos são apenas um exemplo de um problema muito mais vasto e sistêmico”.
Em declarações à AFP, a varejista de moda C&A afirmou "não tolerar trabalho forçado (...) em sua cadeia de abastecimento", enquanto a rede de supermercados Aldi garantiu ter "estabelecido normas vinculantes para todos os seus parceiros comerciais" para evitar esses problemas.
A grife Hugo Boss lembrou que “pediu há meses a seus fornecedores que se informem e confirmem que a produção de bens na cadeia de abastecimento é realizada de acordo com (...) os direitos humanos”.
Por sua vez, a rede de supermercados Lidl disse à AFP que a denúncia da ONG se baseia em "listas antigas de fornecedores".
Na França, a associação anticorrupção Sherpa apresentou uma acusação semelhante em abril contra quatro multinacionais de vestuário, incluindo Uniqlo e Zara.
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Uma ONG alemã anunciou nesta segunda-feira (6) que entrou com uma ação judicial na Alemanha contra várias empresas, como C&A e Hugo Boss, por supostamente "se beneficiarem" do trabalho forçado de membros da minoria muçulmana uigur na China, uma acusação negada pelas companhias.
O Centro Europeu para Direitos Constitucionais e Direitos Humanos (ECCHR), uma organização não governamental com sede em Berlim, afirmou ter "apresentado uma denúncia contra várias empresas alemãs" por "suposta cumplicidade em crimes contra a humanidade".
Entre elas estão Hugo Boss, C&A, Lidl, Aldi Norte e Aldi Sur. A organização as acusa de "se beneficiarem e serem cúmplices, direta ou indiretamente, do trabalho forçado da minoria uigur em Xinjiang".
Vários países ocidentais acusam a China de prender em massa membros dessa comunidade, em sua maioria muçulmana e de língua turca, em campos de trabalho localizados no oeste do país. Pequim nega o termo "genocídio" e afirma que se tratam de centros de formação profissional.
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A ONG reconhece que é difícil obter provas tangíveis de trabalho forçado entre os fornecedores dessas empresas, mas questiona "se o fato de manter relações comerciais não é uma forma de ajudar e promover esses crimes", disse à AFP a advogada Miriam Saage-Maass, diretora do ECCHR.
Segundo ela, “esses cinco casos são apenas um exemplo de um problema muito mais vasto e sistêmico”.
Em declarações à AFP, a varejista de moda C&A afirmou "não tolerar trabalho forçado (...) em sua cadeia de abastecimento", enquanto a rede de supermercados Aldi garantiu ter "estabelecido normas vinculantes para todos os seus parceiros comerciais" para evitar esses problemas.
A grife Hugo Boss lembrou que “pediu há meses a seus fornecedores que se informem e confirmem que a produção de bens na cadeia de abastecimento é realizada de acordo com (...) os direitos humanos”.
Por sua vez, a rede de supermercados Lidl disse à AFP que a denúncia da ONG se baseia em "listas antigas de fornecedores".
Na França, a associação anticorrupção Sherpa apresentou uma acusação semelhante em abril contra quatro multinacionais de vestuário, incluindo Uniqlo e Zara.