EUA

 
Ao menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas em um tiroteio em uma empresa na cidade americana de Indianápolis, região central dos Estados Unidos, na quinta-feira à noite. 


O massacre aconteceu em uma unidade da empresa de logística FedEx, perto do aeroporto internacional da cidade. Várias pessoas foram hospitalizadas.


"Acredito que durou um ou dois minutos", disse Craig McCartt, policial de Indianápolis, ao canal de notícias CNN. "O suspeito chegou a partir do estacionamento. Pelo que entendi, desceu do automóvel e começou a atirar". 


O suspeito de abrir fogo na empresa cometeu suicídio quando a polícia chegou ao local. 


Um homem que trabalha na instalação da FedEx viu o momento em que o homem começou a atirar. "Eu vi um cara com uma submetralhadora, ou fuzil automático, e ele estava atirando a céu aberto. Eu imediatamente me abaixei, fiquei com medo", disse Jeremiah Miller.


"Estamos profundamente chocados e entristecidos com a morte de integrantes de nossa equipe no trágico tiroteio em nossas instalações de Indianápolis", afirmou a empresa em um comunicado. "A segurança de nossos funcionários é nossa máxima prioridade e estamos cooperando plenamente com as autoridades de investigação".


O local do ataque emprega mais de 4 mil pessoas, segundo a imprensa da cidade.


Sucessão de tiroteios


O país foi cenário de vários tiroteios nas últimas semanas. 


Em 9 de abril, uma pessoa morreu e várias ficaram feridas em uma loja de móveis no Texas, poucas horas depois de o presidente Joe Biden apresentar um plano limitado para combater a violência com armas de fogo.


Em 31 de março, quatro pessoas, incluindo um menino de nove anos, foram assassinadas perto de Los Angeles, um tiroteio que aconteceu pouco depois de dois ataques, em Boulder (Colorado) e Atlanta (Geórgia), que deixaram 18 mortos. 


"Esta manhã, a população de Indianápolis enfrenta a horrível notícia de outro tiroteio", lamentou Joe Hogsett, prefeito da cidade.


Quase 40 mil pessoas morrem a cada ano nos Estados Unidos vítimas de armas de fogo, e mais da metade são suicídios. 


Os vários tiroteios nos Estados Unidos provocam o debate sobre a proliferação das armas, mas sem muitos avanços até o momento.


"A violência das armas neste país é uma epidemia, uma desgraça internacional", disse o presidente Joe Biden no início de abril, quando apresentou propostas específicas para abordar o problema.


Diante da dificuldade de obter medidas mais restritivas no Congresso, o presidente apresentou um plano limitado para prevenir a propagação as chamadas "armas fantasmas" - de fabricação artesanal, às vezes com impressoras 3D -, que são impossíveis de rastrear quando utilizadas em um crime.