247 - O primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, acusou no sábado (19) o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (HAMAS) de ter frustrado uma nova proposta de troca de prisioneiros no final da semana passada, alegando que o grupo “não quer pôr fim à guerra”.

Em resposta, a Jihad Islâmica Palestina emitiu neste domingo (20) um comunicado no qual classificou o pronunciamento de Netanyahu como “repleto de mentiras” e “uma prova inequívoca de que nem ele nem o regime sionista têm qualquer intenção de parar com os crimes contra civis palestinos”, argumentando que tais declarações visam apenas evitar seu colapso político.

As informações foram divulgadas pelo canal HispanTV.

“Entre um discurso repleto de mentiras de Netanyahu — um criminoso de guerra — houve uma verdade que ele admitiu: não pretende encerrar a guerra e continuará com sua guerra de fome e genocídio contra o povo de Gaza”, afirma a nota.

A Resistência Palestina também destacou que essa postura de Tel Aviv não é novidade, e sim parte de uma estratégia sistemática do regime ocupante, que “só enxerga na violência um meio de perpetuar seu poder”.

O comunicado ainda enfatiza que o Tel Aviv está deliberadamente conduzindo as negociações ao fracasso, numa tentativa desesperada de evitar a iminente implosão política.

“A continuidade da guerra representa a sobrevivência política de Netanyahu e de seu gabinete criminoso. O fim dessa agressão significaria também o fim de sua carreira”, pontua.
Por fim, a Resistência Palestina reafirma sua posição: não cederá frente a um ocupante que não busca a paz, mas a aniquilação.

“Enquanto as bombas continuam a cair sobre Gaza, o mundo assiste a um líder em crise que se agarra à guerra como única saída”, conclui o texto.