Analistas acreditam que ele teria alterado a rota do voo para se despedir da cidade em que nasceu

O mistério acerca do desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, que sumiu há quatro anos na rota entre Kuala Lampur e Pequim, pode ter sido finalmente resolvido. Pelo menos é o que afirma um grupo de especialistas de aviação, o qual sugere que o capitão da aeronave promoveu um massacre com a tripulação e os passageiros. Conforme relata o jornal O Globo, a nova teoria sustenta que ele teria sobrevoado sua cidade natal como forma de "despedida".

Especialistas em acidentes aéreos e um oceanógrafo, juntamente com o ex-chefe do Escritório de Segurança em Transporte da Austrália, lançaram a sua versão do sumiço da aeronave na rede australiana "Nine Network".

Para os analistas e o responsável pela investigação oficial do sumiço, o piloto teria se matado. Antes de executar o plano, porém, ocomandante Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, com 20 mil horas de voo no currículo, planejou um massacre com a derrubada da aeronave.

O estudo revelou que o Boeing 777 foi despressurizado, na tentativa de Zaharie de deixar as outras 238 pessoas a bordo inconscientes. Esta seria a razão do silêncio no avião apesar da mudança brusca na rota - já que o comandante teria alterado o trajeto do voo para se despedir da sua cidade natal. Não houve registro de qualquer alerta de problemas a bordo, mensagens de adeus a parentes dos passageiros nem chamados de emergência.

"O ponto que é mais discutido é quando o piloto desliga o transponder, despressuriza o avião, o que incapacita os passageiros. Ele estava se matando. Infelizmente, ele estava matando todos a bordo. E fez isso deliberadamente", explicou o investigador veterano da aviação canadense Larry Vance à rede televisiva, em declaração reproduzida pelo jornal. Deve ter sido um longo e emocionado adeus. Ou um curto e emocionado adeus à cidade natal", completou o piloto sênior Simon Hardy, instrutor de Boeing 777.

Entenda o caso

Em 8 de março de 2014, o voo MH370 desapareceu no trajeto entre entre Kuala Lampur e Pequim. Após cerca de três anos de buscas, sem sinais do Boeing 777 ou de possíveis sobreviventes, os governos da Malásia, da China e da Austrália cancelaram as suas operações, suspeitando que o avião caiu no Oceano Índico.

A investigação oficial revelou que tanto o piloto quanto o copiloto Fariq Abdul Hamid foram os principais suspeitos da tragédia. A construção de um simulador de voo em casa, no qual o massacre teria sido planejado, é uma das evidências contra Zaharie.