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Nesta segunda-feira (24), na data em que se assinala o terceiro ano da invasão russa a Ucrânia, 13 líderes europeus, incluindo os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, além do primeiro-ministro do Canadá, estão em Kiev para promover uma cúpula de apoio ao país. Também outros 24 dirigentes participarão por videoconferência.
Todos defendem que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deve participar nas negociações de paz e que o futuro do país também é importante para a Europa.
"Três anos de resistência. Três anos de gratidão. Três anos de absoluto heroísmo dos ucranianos", escreveu Zelensky nas redes sociais, agradecendo a todos aqueles que defendem e apóiam a Ucrânia.
"Estamos hoje em Kiev porque a Ucrânia é a Europa. Nesta luta pela sobrevivência, não é apenas o destino da Ucrânia que está em causa. É o destino da Europa", afirmou Ursula Von der Leyen, que viajou acompanhada por 24 dos seus 27 comissários, e recebida pelo chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, e pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Sibiga.
Von der Leyen, juntamente com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, anunciou um novo pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 3,5 bilhões de euros e prometeu a entrega imediata de mais armas e munições. "A Europa está aqui para reforçar a Ucrânia neste momento crítico. Posso anunciar que um novo pagamento de 3,5 mil milhões de euros para a Ucrânia chegará já em março. Graças ao nosso Mecanismo de Apoio à Ucrânia e ao empréstimo do G7, suprimimos o déficit orçamental da Ucrânia para todo o ano de 2025 e, paralelamente, temos de acelerar a entrega imediata de armas e munições. Este será o cerne do nosso trabalho nas próximas semanas", declarou.
Costa, por sua vez, também comunicou uma cúpula extraordinária, que irá acontecer no dia 6 de março em Bruxelas, dedicada à defesa europeia. Von der Leyen acrescentou que nesta próxima reunião apresentará um plano abrangente sobre a forma de aumentar as capacidades europeias de produção de armas e de defesa.
“A Europa está disposta a fazer tudo para garantir a segurança do continente europeu e da Ucrânia”, completou Costa.
Além disso, a União Europeia já aplicou novas sanções a Moscou, que têm como alvo específico 73 novos petroleiros "fantasmas", usados pela Rússia para contornar as sanções já existentes destinadas a limitar as exportações do seu petróleo russo. “Há três anos que a Rússia bombardeia implacavelmente a Ucrânia, na esperança de tomar terras que não lhe pertencem. Não há dúvidas sobre quem é o agressor, quem deve pagar e ser responsabilizado por esta guerra e cada pacote de sanções priva o Kremlin de fundos para fazer a guerra. Com as conversações em curso para pôr termo à agressão da Rússia, temos de colocar a Ucrânia na posição mais forte possível, pelo que as sanções proporcionam uma vantagem", disse Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE.
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