Militares mexicanos foram retidos por um grupo de moradores na segunda-feira (29) e levados para a Guatemala, após a morte de um concidadão em um posto de controle do Exército no município mexicano de Mazapa de Madero, em Chiapas (sul), perto da fronteira entre os dois países.

De acordo com boletins da polícia local, os militares pararam o veículo dirigido por Elvin Mazariegos, um guatemalteco de 30 anos. Uma fonte oficial disse que Mazariegos apontou uma arma para os soldados, e eles atiraram de volta.

Posteriormente, moradores de comunidades da Guatemala e do México chegaram ao local e prenderam 15 soldados e três caminhões. Oito deles já foram soltos.

"Atualmente, há sete militares detidos pelos habitantes", disse à AFP uma fonte do governo mexicano que pediu para não ser identificado. O porta-voz do Exército guatemalteco, coronel Rubén Téllez, confirmou o ocorrido.

"Estão bem e sob custódia de agentes da PNC [Polícia Nacional Civil] para proteger sua integridade, enquanto as negociações recomeçam amanhã (terça-feira)", afirmou Téllez.

O militar guatemalteco informou que os soldados estão no povoado de La Esperanza, no município de Tacaná, no departamento de San Marcos, próximo à fronteira com o México.

No Twitter, o chanceler da Guatemala, Pedro Brolo, exigiu que as autoridades mexicanas esclareçam os crimes cometidos contra seus compatriotas, "para que se faça justiça, e estes atos condenáveis não voltem a se repetir".