BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - A caravana de Javier Milei em Lomas de Zamora, na Grande Buenos Aires, terminou abruptamente, depois que opositores arremessaram pedras contra o presidente da Argentina e entraram em confronto com seus apoiadores.

Durante a passagem do caminhão onde Milei estava, pedras e objetos foram lançados contra a comitiva. O evento contou com a presença de Maximiliano Bondarenko, candidato do partido de Milei, que teria sido atingido. O motorista do caminhão, sob proteção policial, acelerou para escapar da área.

Os militantes de Milei culpam peronistas pelo ataque. A caravana começou 15 quarteirões antes, e o ponto de encontro em Lomas de Zamora foi estabelecido perto da praça Grigera.

Pouco antes da confusão, avier Milei falou pela primeira vez diretamente sobre o escândalo de vazamento de áudios que apontariam uma suposta corrupção na Agência Nacional para Pessoas com Deficiência.

Milei disse que são mentiras as afirmações atribuídas ao ex-diretor do órgão, Diego Spagnuolo, que trata de subornos na compra de medicamentos que envolvem a irmã do presidente, Karina Milei, secretária-geral da Presidência.

"Tudo o que ele diz é mentira, vamos levá-lo ao tribunal e provar que ele mentiu", disse o chefe de Estado em uma caravana de campanha aos ser consultado por um jornalista.

As gravações são atribuídas a Spagnuolo, que relata a existência de um sistema de cobrança de propinas na compra de remédios e próteses que favoreceria Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência argentina, e seu assessor mais próximo, Eduardo Lule Menem.