Cerca de 1.500 migrantes centro-americanos da chamada "Caravana 2020" tentaram entrar de forma ilegal no México neste sábado (18), mas foram contidos por militares da Guarda Nacional. 
 
 
Na sexta, antes da chegada do grupo, o governo mexicano determinou o reforço, com cerca de 200 agentes da Guarda Nacional, da vigilância na fronteira com a Guatemala.
 
Vários comboios militares chegaram à fronteiriça Ciudad Hidalgo, no extremo-sul do México, equipados com escudos, capacetes e coletes.
 
Os migrantes tentaram ingressar, em meio a um breve atrito com os militares na passagem da ponte internacional Rodolfo Robles, que conecta ambos os países, enquanto um agente do Instituto Nacional de Migração (INM) explicava que terão de se submeter às leis mexicanas para entrar no país.
 
"Estão ingressando de maneira irregular no México. Devem portar um visto mexicano, ou documento migratório. Não se exponha aos traficantes de pessoas, sua vida corre perigo", explicou o agente.
 
"Não se deixem enganar. Não é um fato que os Estados Unidos vão lhes conceder refúgio", acrescentou.
 
Os migrantes, dos quais uma maioria partiu na terça à noite da localidade hondurenha de San Pedro Sula, chegaram neste sábado de manhã à ponte sobre o rio Suchiate.
 
"Queremos passar, queremos apenas seguir adiante", ouvia-se da multidão.
 
Muitos aceitaram as condições das autoridades e entraram no posto migratório em grupos de 20 pessoas.
 
Ontem, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ofereceu 4.000 vagas de trabalho aos migrantes procedentes de San Pedro Sula.
 
Desde o ano passado, o México enviou milhares de homens da Guarda Nacional para conter a migração em massa para os EUA. A decisão foi fortemente criticada por organizações dos direitos civis.