array(31) {
["id"]=>
int(168969)
["title"]=>
string(55) "Macron anuncia ajuda de 2 bilhões de euros à Ucrânia"
["content"]=>
string(7839) "APOIO MILITAR
Às vésperas da cúpula de líderes mundiais sobre a Ucrânia, em Paris, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou hoje na presença do dirigente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um reforço de dois bilhões de euros em apoio militar à Kiev.
“Estes dois bilhões de euros de apoio extra é uma parte da primeira parcela que visa mobilizar também amanhã todos os parceiros para continuarmos este apoio imediato à Ucrânia”, explicou Macron. A conferência na capital francesa contará com a presença de autoridades de diversos países que buscam oferecer garantias de segurança à Kiev.
Macron também condenou o desejo de guerra da Rússia, defendeu que Moscou aceite um cessar-fogo de 30 dias sem condições prévias e avisou que o Kremlin não pode ditar as condições para uma paz duradoura.
“Continuaremos a estar determinados ao lado da Ucrânia. É do interesse do continente europeu e da nossa segurança. Há três anos que a Ucrânia enfrenta um combate que ultrapassa as suas fronteiras”, disse na coletiva de imprensa conjunta com Zelensky.
O presidente francês ainda sublinhou que deve haver garantias no âmbito de um acordo de paz e sugeriu uma reserva estratégica para ajudar a dissuadir qualquer nova agressão por parte da Rússia. “Há algumas semanas que estamos numa fase decisiva para conseguir pôr termo a esta guerra de agressão conduzida pela Rússia, uma iniciativa do presidente Donald Trump, que pretende o mais rapidamente possível chegar a uma diminuição e depois a uma cessação das hostilidades e que nos pode ajudar a chegar a uma paz sólida”, indicou.
Já Zelensky agradeceu o apoio constante da França. “Existem muitas coisas que são importantes para a segurança da Europa e de todos os nossos cidadãos. Este é o momento decisivo para o mundo. A forma como hoje os líderes desenharem a segurança na Europa terá impacto em muitas gerações futuras. Nós estamos trabalhando na proteção contra a agressão da Rússia, numa paz duradoura e na segurança da Europa”, pontuou Zelensky, que destacou os caças Mirage fornecidos pela França como um elemento-chave na segurança aérea do seu país, que pode assim se defender dos jatos e drones russos.
Enquanto isso, as forças russas voltaram a atacar o território ucraniano e para Zelensky estas ofensivas em grande escala após as negociações dos acordos de cessar-fogo são um sinal claro de que o Kremlin não procura uma paz real. “Desde 11 de março que existe uma proposta dos EUA para um cessar-fogo total, uma interrupção total dos ataques. E literalmente todas as noites, através dos seus ataques, a Rússia continua a dizer não à proposta de paz dos nossos parceiros”, acrescentou, apelando aos seus aliados que pressionem o Kremlin para pôr fim aos ataques russos, apelando em especial a mais sanções de Washington.
Por outro lado, Moscou manifestou estar satisfeito com o progresso das negociações com a Casa Branca, no entanto exige uma série de condições para implementar o acordo de cessar-fogo no Mar Negro, que foi anunciado pelos Estados Unidos na terça-feira.
"Estamos satisfeitos com a forma pragmática e construtiva com que o nosso diálogo está se desenvolvendo e com a forma como está a produzir resultados. Os contatos entre a Rússia e os EUA permitiram que uma lista de instalações russas e ucranianas abrangidas por uma moratória temporária sobre ataques contra alvos energéticos fosse acordada rapidamente", declarou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
Mas, Kiev e Moscou continuam a trocar acusações sobre ataques a instalações energéticas. Hoje mesmo, o Ministério da Defesa russo acusou mais uma vez a Ucrânia de tentar atacar a infraestrutura energética civil russa em três áreas diferentes. Peskov garantiu que o acordo está em vigor e sendo cumprido pelos militares russos.
As condições do acordo do Mar Negro
Segundo o comunicado da Casa Branca, o entendimento do cessar-fogo no Mar Negro objetiva garantir a navegação segura, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares. No entanto, Moscou fez uma série de condições antes da sua implementação. Dentre elas, o acordo só entrará em vigor após a suspensão das restrições ocidentais ao comércio de cereais e fertilizantes russos, uma exigência que os especialistas avaliam como pouco provável de ser cumprida.
Peskov explicou que estas condições são as mesmas que foram impostas pela Rússia no período do acordo original do Mar Negro. “Todas as condições foram cumpridas, exceto aquelas referentes ao lado russo. Então desta vez a justiça deve prevalecer e nós vamos continuar o nosso trabalho com os americanos", assegurou.
O governo russo se retirou em 2023 da Iniciativa do Mar Negro, negociado pela ONU e pela Turquia em 2022, que permitia à Ucrânia exportar os seus produtos agrícolas por via marítima. Na ocasião, Moscou considerou que os obstáculos às suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes não tinham sido atenuados conforme prometido nos termos do acordo. A partir de então, Kiev estabeleceu um corredor marítimo que lhe permite negociar, mas os seus portos e navios são atacados regularmente.
"
["author"]=>
string(14) "Isabel Alvarez"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(625189)
["filename"]=>
string(15) "macronparis.jpg"
["size"]=>
string(5) "51516"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(3) "aa/"
}
["image_caption"]=>
string(71) " Presidente da França, Emmanuel Macron (foto: Mohammed Badra/Pool/AFP)"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(243) "''Estes dois bilhões de euros de apoio extra é uma parte da primeira parcela que visa mobilizar também amanhã todos os parceiros para continuarmos este apoio imediato à Ucrânia'', explicou Macron
"
["author_slug"]=>
string(14) "isabel-alvarez"
["views"]=>
int(77)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(52) "macron-anuncia-ajuda-de-2-bilhoes-de-euros-a-ucrania"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-03-26 22:18:23.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-03-26 22:18:23.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2025-03-26T22:20:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(18) "aa/macronparis.jpg"
}
APOIO MILITAR
Às vésperas da cúpula de líderes mundiais sobre a Ucrânia, em Paris, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou hoje na presença do dirigente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um reforço de dois bilhões de euros em apoio militar à Kiev.
“Estes dois bilhões de euros de apoio extra é uma parte da primeira parcela que visa mobilizar também amanhã todos os parceiros para continuarmos este apoio imediato à Ucrânia”, explicou Macron. A conferência na capital francesa contará com a presença de autoridades de diversos países que buscam oferecer garantias de segurança à Kiev.
Macron também condenou o desejo de guerra da Rússia, defendeu que Moscou aceite um cessar-fogo de 30 dias sem condições prévias e avisou que o Kremlin não pode ditar as condições para uma paz duradoura.
“Continuaremos a estar determinados ao lado da Ucrânia. É do interesse do continente europeu e da nossa segurança. Há três anos que a Ucrânia enfrenta um combate que ultrapassa as suas fronteiras”, disse na coletiva de imprensa conjunta com Zelensky.
O presidente francês ainda sublinhou que deve haver garantias no âmbito de um acordo de paz e sugeriu uma reserva estratégica para ajudar a dissuadir qualquer nova agressão por parte da Rússia. “Há algumas semanas que estamos numa fase decisiva para conseguir pôr termo a esta guerra de agressão conduzida pela Rússia, uma iniciativa do presidente Donald Trump, que pretende o mais rapidamente possível chegar a uma diminuição e depois a uma cessação das hostilidades e que nos pode ajudar a chegar a uma paz sólida”, indicou.
Já Zelensky agradeceu o apoio constante da França. “Existem muitas coisas que são importantes para a segurança da Europa e de todos os nossos cidadãos. Este é o momento decisivo para o mundo. A forma como hoje os líderes desenharem a segurança na Europa terá impacto em muitas gerações futuras. Nós estamos trabalhando na proteção contra a agressão da Rússia, numa paz duradoura e na segurança da Europa”, pontuou Zelensky, que destacou os caças Mirage fornecidos pela França como um elemento-chave na segurança aérea do seu país, que pode assim se defender dos jatos e drones russos.
Enquanto isso, as forças russas voltaram a atacar o território ucraniano e para Zelensky estas ofensivas em grande escala após as negociações dos acordos de cessar-fogo são um sinal claro de que o Kremlin não procura uma paz real. “Desde 11 de março que existe uma proposta dos EUA para um cessar-fogo total, uma interrupção total dos ataques. E literalmente todas as noites, através dos seus ataques, a Rússia continua a dizer não à proposta de paz dos nossos parceiros”, acrescentou, apelando aos seus aliados que pressionem o Kremlin para pôr fim aos ataques russos, apelando em especial a mais sanções de Washington.
Por outro lado, Moscou manifestou estar satisfeito com o progresso das negociações com a Casa Branca, no entanto exige uma série de condições para implementar o acordo de cessar-fogo no Mar Negro, que foi anunciado pelos Estados Unidos na terça-feira.
"Estamos satisfeitos com a forma pragmática e construtiva com que o nosso diálogo está se desenvolvendo e com a forma como está a produzir resultados. Os contatos entre a Rússia e os EUA permitiram que uma lista de instalações russas e ucranianas abrangidas por uma moratória temporária sobre ataques contra alvos energéticos fosse acordada rapidamente", declarou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
Mas, Kiev e Moscou continuam a trocar acusações sobre ataques a instalações energéticas. Hoje mesmo, o Ministério da Defesa russo acusou mais uma vez a Ucrânia de tentar atacar a infraestrutura energética civil russa em três áreas diferentes. Peskov garantiu que o acordo está em vigor e sendo cumprido pelos militares russos.
As condições do acordo do Mar Negro
Segundo o comunicado da Casa Branca, o entendimento do cessar-fogo no Mar Negro objetiva garantir a navegação segura, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares. No entanto, Moscou fez uma série de condições antes da sua implementação. Dentre elas, o acordo só entrará em vigor após a suspensão das restrições ocidentais ao comércio de cereais e fertilizantes russos, uma exigência que os especialistas avaliam como pouco provável de ser cumprida.
Peskov explicou que estas condições são as mesmas que foram impostas pela Rússia no período do acordo original do Mar Negro. “Todas as condições foram cumpridas, exceto aquelas referentes ao lado russo. Então desta vez a justiça deve prevalecer e nós vamos continuar o nosso trabalho com os americanos", assegurou.
O governo russo se retirou em 2023 da Iniciativa do Mar Negro, negociado pela ONU e pela Turquia em 2022, que permitia à Ucrânia exportar os seus produtos agrícolas por via marítima. Na ocasião, Moscou considerou que os obstáculos às suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes não tinham sido atenuados conforme prometido nos termos do acordo. A partir de então, Kiev estabeleceu um corredor marítimo que lhe permite negociar, mas os seus portos e navios são atacados regularmente.