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Nesta quarta-feira (17), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, discutiram as eleições na Venezuela. Durante uma declaração oficial à imprensa, Petro apresentou a Lula a proposta de um plebiscito na Venezuela.

Segundo o colombiano, esse plebiscito garantiria um pacto democrático e segurança para qualquer candidato que perdesse nas eleições deste ano.

"Falamos da Venezuela e queremos transmitir ao presidente Lula uma proposta que foi discutida com o presidente Maduro e a oposição. Estamos considerando a opção de um plebiscito nas próximas eleições para garantir um pacto democrático. Esse pacto deveria assegurar a qualquer perdedor a certeza e a segurança em relação ao seu caminho, seus direitos e suas garantias políticas, que todos devem ter em seu país", afirmou Petro.

A declaração dos líderes sul-americanos ocorre na mesma data de decisão do governo dos Estados Unidos de restabelecer algumas das sanções ao setor petrolífero e de gás da Venezuela, encerrando um indulto de seis meses, após constatar que o regime de Nicolás Maduro não cumpriu um acordo para garantir eleições justas, programadas para julho.

O anúncio marca o término automático da “Licença 44”, que havia permitido a maioria das empresas petrolíferas dos EUA realizar negócios na Venezuela. Também permitiu à Petróleos de Venezuela, empresa estatal de energia, vender seu petróleo nos Estados Unidos e usar seu sistema financeiro para pagamentos a credores e cobranças de dívidas.

A licença concedida pelo Departamento do Tesouro para a produção de petróleo e gás expirou, e as empresas têm até 31 de maio para encerrar suas operações, conforme comunicado publicado no site da agência.

O alívio das sanções está condicionado ao cumprimento, por parte de Maduro, dos termos do acordo para viabilizar eleições democráticas.

Também discutiram sobre o Haiti, as agendas de comércio e investimentos, desenvolvimento sustentável, cooperação para frear o desmatamento na floresta amazônica, programas sociais, direitos humanos e agricultura familiar.

Agenda na Colômbia

Lula está em visita oficial à Colômbia, a convite de Gustavo Petro. Ao chegar ao país, o presidente participou de uma cerimônia oficial na Casa de Nariño, onde também foi tirada uma foto oficial.

Além disso, ocorreu uma reunião restrita com o presidente colombiano, seguida por um encontro ampliado. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ex-chanceler Celso Amorim estiveram presentes.

Durante a visita, os governos brasileiro e colombiano firmaram acordos em diversas áreas, incluindo economia, direitos humanos e comunicação.

Os países se comprometeram a cooperar em ações contra o tráfico de pessoas, na proteção dos direitos das pessoas LGBT, imigrantes e outras minorias, em pesquisas de tecnologia e informação, e no desenvolvimento agrário e agricultura familiar.

Na Colômbia, Lula participou de um Fórum Empresarial organizado pela ApexBrasil e pela agência de promoção comercial colombiana ProColombia. O evento abordou temas como tecnologia, reindustrialização, integração produtiva, segurança alimentar e infraestrutura.

Em sua agenda final do dia, o presidente participou da abertura da 36ª Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), onde o Brasil é o país convidado de honra.

 

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