247 - Na Cúpula Árabe de 2025, que acontece neste sábado (17) em em Bagdá, chefes de Estado exigiram um cessar-fogo imediato em Gaza e reforçaram o apelo pela criação de um Estado palestino. O encontro ocorre em meio à intensificação dos ataques israelenses ao enclave palestino. 

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde 7 de outubro de 2023, 53.272 pessoas foram mortas e outras 120.673 ficaram feridas. Após o rompimento de um cessar-fogo em 18 de março, mais 3.131 mortes foram registradas. As informações são da rede Al Mayadeen.

Egito cobra fim da guerra e reconciliação palestina

O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, classificou as ações israelenses como “campanha sistemática de destruição” e acusou Tel Aviv de usar “fome e privação como armas”. Ele anunciou que, junto com Catar e EUA, trabalha por um cessar-fogo e organizará uma conferência para reconstrução de Gaza. “Não haverá paz real sem um Estado palestino”, declarou.

Abbas alerta para genocídio e propõe unificação política

O presidente palestino Mahmoud Abbas disse que Gaza vive um “genocídio” e acusou Israel de promover um projeto colonial. Ele defendeu um comando unificado sob a OLP e pediu que todas as facções entreguem as armas. “Um Estado, uma lei, uma arma legítima”, resumiu.

Líbano e Jordânia pedem retirada israelense e proteção a refugiados

O premiê libanês Nawaf Salam rejeitou o reassentamento de refugiados palestinos e cobrou a retirada israelense do sul do Líbano. O primeiro-ministro da Jordânia, Jaafar Hassan, descreveu a crise de Gaza como “catástrofe prolongada”, reforçou o apoio à reconstrução e defendeu a tutela jordaniana sobre locais sagrados em al-Quds.

Síria, Tunísia e Argélia condenam ações de Israel

O chanceler sírio Asaad al-Shibani pediu o fim das sanções contra o país e alertou para as “ameaças reais” de Israel no sul da Síria. Já os ministros da Tunísia e da Argélia defenderam a união árabe e chamaram a causa palestina de “dever histórico”.

Espanha e ONU reforçam apelos por cessar-fogo

O premiê espanhol Pedro Sánchez defendeu “parar o massacre em Gaza” e anunciou que apresentará uma resolução na ONU para responsabilizar Israel na Corte Internacional de Justiça. “O número de vítimas é inaceitável”, afirmou. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou: “Precisamos de um cessar-fogo permanente, agora”.