array(31) {
["id"]=>
int(152887)
["title"]=>
string(62) "Julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado no planeta"
["content"]=>
string(6514) "MEIO AMBIENTE
Julho de 2023 bateu o recorde de mês mais quente já registrado na Terra, com 0,33°C acima do recorde anterior, de julho de 2019, anunciou o observatório europeu Copernicus nesta terça-feira (8).
O mês passado também foi marcado por ondas de calor e incêndios em todo o mundo, com temperaturas médias na atmosfera 0,72°C mais elevadas do que as médias registradas para julho entre 1991 e 2020.
O suspense entre os cientistas era pequeno, na verdade. Em 27 de julho, os especialistas já consideravam "extremamente provável" que julho de 2023 seria o mês mais quente já registrado. A média do mês de julho de 2019, o recorde anterior, foi de 16,63°C.
Caso se utilize como referência a base de dados da paleoclimatologia, "não faz tanto calor desde há 120.000 anos", afirmou a vice-diretora do serviço europeu Copernicus sobre Mudança Climática (C3S), Samantha Burguess, em entrevista coletiva.
Em palavras recentes do secretário-geral da ONU, António Guterres, a humanidade saiu da era do aquecimento global para entrar na era da "ebulição global".
Os oceanos também são vítimas do fenômeno preocupante: as temperaturas registradas na superfície do mar estão anormalmente elevadas desde abril, e os níveis registrados em julho não têm precedentes.
O recorde absoluto foi batido em 30 de julho, com 20,96°C. Durante todo o mês, a temperatura na superfície do mar ficou 0,51°Cacima da média (1991-2020).
"Fenômenos extremos"
"Acabamos de testemunhar as temperaturas globais do ar e as temperaturas globais da superfície dos oceanos estabelecendo novos recordes históricos. Os recordes têm consequências terríveis para as pessoas e para o planeta, que estão expostos a eventos extremos cada vez mais frequentes e intensos", acrescentou Samantha.
Os sinais do aquecimento global provocado pelas atividades humanas - começando pelo uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás) - foram registrados simultaneamente em todo o planeta.
A Grécia sofreu grandes incêndios, assim como o Canadá, que também registrou inundações. As ondas de calor sucessivas no sul da Europa, norte da África, sul dos Estados Unidos e parte da China também provocaram muitos danos.
A rede científica World Weather Attribution (WWA) concluiu que as recentes ondas de calor na Europa e nos Estados Unidos teriam sido "praticamente impossíveis" sem o efeito da atividade humana.
O observatório Copernicus também indica que o gelo marinho antártico atingiu seu menor nível para um mês de julho desde o início das observações por satélite, 15% abaixo da média do mês.
"Emergência"
"2023 é o terceiro ano mais quente até o momento, 0,43°C acima da média recente, e uma temperatura média global em julho 1,5°C acima dos níveis pré-industriais", acrescenta Samantha Burgess.
O resultado de 1,5°C é muito simbólico, porque é o limite mais ambicioso estabelecido pelo Acordo de Paris de 2015 para limitar o aquecimento global. O limite, a que se refere este acordo internacional, envolve, no entanto, médias de muitos anos, e não de apenas um mês.
"Embora tudo isto seja apenas temporário, mostra a urgência de esforços ambiciosos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, que são a principal causa dos recordes”, conclui Samantha Burgess.
E é possível que o ano de 2023 não tenha encerrado sua temporada de recordes.
"Para 2023, esperamos um final de ano relativamente quente com o desenvolvimento do fenômeno do El Niño", recorda o Copernicus.
O fenômeno climático cíclico sobre o Pacífico é, de fato, sinônimo de aquecimento global adicional.
"
["author"]=>
string(3) "AFP"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(606611)
["filename"]=>
string(15) "julhioquent.jpg"
["size"]=>
string(6) "100046"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(11) "eixportess/"
}
["image_caption"]=>
string(100) "Ano de 2023 pode não ter encerrado sua temporada de recordes (Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles )"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(97) "Temperatura do período superou o recorde anterior, de julho de 2019, em 0,33ºC
"
["author_slug"]=>
string(3) "afp"
["views"]=>
int(111)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(60) "julho-de-2023-foi-o-mes-mais-quente-ja-registrado-no-planeta"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-08-08 23:53:32.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2023-08-08 23:53:32.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2023-08-08T23:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(26) "eixportess/julhioquent.jpg"
}
MEIO AMBIENTE
Julho de 2023 bateu o recorde de mês mais quente já registrado na Terra, com 0,33°C acima do recorde anterior, de julho de 2019, anunciou o observatório europeu Copernicus nesta terça-feira (8).
O mês passado também foi marcado por ondas de calor e incêndios em todo o mundo, com temperaturas médias na atmosfera 0,72°C mais elevadas do que as médias registradas para julho entre 1991 e 2020.
O suspense entre os cientistas era pequeno, na verdade. Em 27 de julho, os especialistas já consideravam "extremamente provável" que julho de 2023 seria o mês mais quente já registrado. A média do mês de julho de 2019, o recorde anterior, foi de 16,63°C.
Caso se utilize como referência a base de dados da paleoclimatologia, "não faz tanto calor desde há 120.000 anos", afirmou a vice-diretora do serviço europeu Copernicus sobre Mudança Climática (C3S), Samantha Burguess, em entrevista coletiva.
Em palavras recentes do secretário-geral da ONU, António Guterres, a humanidade saiu da era do aquecimento global para entrar na era da "ebulição global".
Os oceanos também são vítimas do fenômeno preocupante: as temperaturas registradas na superfície do mar estão anormalmente elevadas desde abril, e os níveis registrados em julho não têm precedentes.
O recorde absoluto foi batido em 30 de julho, com 20,96°C. Durante todo o mês, a temperatura na superfície do mar ficou 0,51°Cacima da média (1991-2020).
"Fenômenos extremos"
"Acabamos de testemunhar as temperaturas globais do ar e as temperaturas globais da superfície dos oceanos estabelecendo novos recordes históricos. Os recordes têm consequências terríveis para as pessoas e para o planeta, que estão expostos a eventos extremos cada vez mais frequentes e intensos", acrescentou Samantha.
Os sinais do aquecimento global provocado pelas atividades humanas - começando pelo uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás) - foram registrados simultaneamente em todo o planeta.
A Grécia sofreu grandes incêndios, assim como o Canadá, que também registrou inundações. As ondas de calor sucessivas no sul da Europa, norte da África, sul dos Estados Unidos e parte da China também provocaram muitos danos.
A rede científica World Weather Attribution (WWA) concluiu que as recentes ondas de calor na Europa e nos Estados Unidos teriam sido "praticamente impossíveis" sem o efeito da atividade humana.
O observatório Copernicus também indica que o gelo marinho antártico atingiu seu menor nível para um mês de julho desde o início das observações por satélite, 15% abaixo da média do mês.
"Emergência"
"2023 é o terceiro ano mais quente até o momento, 0,43°C acima da média recente, e uma temperatura média global em julho 1,5°C acima dos níveis pré-industriais", acrescenta Samantha Burgess.
O resultado de 1,5°C é muito simbólico, porque é o limite mais ambicioso estabelecido pelo Acordo de Paris de 2015 para limitar o aquecimento global. O limite, a que se refere este acordo internacional, envolve, no entanto, médias de muitos anos, e não de apenas um mês.
"Embora tudo isto seja apenas temporário, mostra a urgência de esforços ambiciosos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, que são a principal causa dos recordes”, conclui Samantha Burgess.
E é possível que o ano de 2023 não tenha encerrado sua temporada de recordes.
"Para 2023, esperamos um final de ano relativamente quente com o desenvolvimento do fenômeno do El Niño", recorda o Copernicus.
O fenômeno climático cíclico sobre o Pacífico é, de fato, sinônimo de aquecimento global adicional.