Israel e o Hamas chegaram a um acordo de última hora nesta quinta-feira (30), quando a guerra completa 55 dias, para estender o cessar-fogo por mais um dia.

"À luz dos esforços dos mediadores para continuar o processo de libertação dos reféns e sujeito aos termos do enquadramento, a pausa operacional continuará", afirmaram os militares de Israel em um comunicado, divulgado minutos antes de a trégua temporária expirar.

Pouco depois do acordo, a polícia israelense disse que dois agressores palestinos abriram fogo em um ponto de ônibus, na entrada de Jerusalém, matando três pessoas e ferindo outras 16. Ambos os atacantes foram "neutralizados".

"Dois terroristas chegaram ao local em um veículo com armas de fogo, estes terroristas abriram fogo contra civis na estação rodoviária e foram posteriormente neutralizados pelas forças de segurança e por um civil próximo", disse a polícia de Israel.

As condições do cessar-fogo, incluindo a suspensão das hostilidades e a entrada de ajuda humanitária, permanecem as mesmas, segundo um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, mediador fundamental entre os lados em conflito, juntamente com o Egito e os Estados Unidos.

Antes do acordo, tanto Israel como o Hamas disseram que estavam se preparando para retomar os combates, enquanto as negociações sobre o próximo grupo de reféns a serem libertados chegavam a um impasse.

"Há pouco tempo, Israel recebeu uma lista de mulheres e crianças conforme os termos do acordo e, portanto, a trégua continuará", disse o gabinete do primeiro-ministro israelense em um comunicado no momento em que a pausa estava prestes a expirar.

O Hamas disse anteriormente que Israel se recusou a receber mais sete mulheres e crianças e os corpos de outros três reféns em troca da extensão da trégua.