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Uma matéria de um canal francês de televisão, denunciando jantares de luxo "clandestinos" em Paris, apesar da pandemia, provocou uma investigação e um furor político pelas afirmações de que a elite ignora descaradamente as regras que ela mesma estabeleceu.
Na sexta-feira (2/4) à noite, o canal privado M6 exibiu uma reportagem gravada com uma câmera escondida em um local apresentado como "um restaurante clandestino" em um bairro nobre da capital francesa. Nas imagens, nem os clientes, nem os funcionários usavam máscara de proteção contra a Covid-19.
A França mantém todos os restaurantes e cafés fechados e, neste fim de semana, adotou um aumento das restrições, porque os casos dispararam, e os hospitais estão praticamente lotados.
A hashtag #OnVeutLesNoms (Queremos os nomes) viralizou no Twitter, enquanto havia especulações sobre quem pode ter participado desses jantares.
O promotor de Paris, Rémy Heitz, disse no domingo que abriu uma investigação criminal após a matéria na televisão, sob a acusação de "colocar a vida de outras pessoas em risco".
A investigação busca comprovar "se as noites foram organizadas desafiando as normas sanitárias e determinar quem foram os possíveis organizadores e participantes".
Uma fonte entrevistada pelo M6, cuja identidade não foi divulgada, disse ter participado de duas ou três noites em restaurantes "clandestinos" e que entre os convidados presentes havia, inclusive, ministros.
A fonte foi depois identificada pela imprensa e pelos internautas como Pierre-Jean Chalençon, dono do luxuoso "Palais Vivienne" no centro de Paris.
Em uma declaração enviada à AFP por meio de seu advogado, Chalençon reconheceu implicitamente ser a fonte, mas pareceu retratar a alegação de que os ministros estavam envolvidos, dizendo que queria apenas mostrar "humor" e um "senso de absurdo".
A reação de vários membros do gabinete do presidente Emmanuel Macron, dias depois do anúncio de novas restrições, foi imediata.
A ministra da Cidadania, Marlene Schiappa, disse que, se houver ministros, ou legisladores, "devem ser multados e penalizados como qualquer outro cidadão".
O ministro da Economia, Bruno Le Maire, respondeu: "Todos os ministros, sem exceção", respeitam as regras".
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, alertou que os envolvidos devem ser processados, se as alegações forem confirmadas. "Não existem dois tipos de cidadãos: os que têm direito à festa, e os que não têm", afirmou.
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Uma matéria de um canal francês de televisão, denunciando jantares de luxo "clandestinos" em Paris, apesar da pandemia, provocou uma investigação e um furor político pelas afirmações de que a elite ignora descaradamente as regras que ela mesma estabeleceu.
Na sexta-feira (2/4) à noite, o canal privado M6 exibiu uma reportagem gravada com uma câmera escondida em um local apresentado como "um restaurante clandestino" em um bairro nobre da capital francesa. Nas imagens, nem os clientes, nem os funcionários usavam máscara de proteção contra a Covid-19.
A França mantém todos os restaurantes e cafés fechados e, neste fim de semana, adotou um aumento das restrições, porque os casos dispararam, e os hospitais estão praticamente lotados.
A hashtag #OnVeutLesNoms (Queremos os nomes) viralizou no Twitter, enquanto havia especulações sobre quem pode ter participado desses jantares.
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Em uma declaração enviada à AFP por meio de seu advogado, Chalençon reconheceu implicitamente ser a fonte, mas pareceu retratar a alegação de que os ministros estavam envolvidos, dizendo que queria apenas mostrar "humor" e um "senso de absurdo".
A reação de vários membros do gabinete do presidente Emmanuel Macron, dias depois do anúncio de novas restrições, foi imediata.
A ministra da Cidadania, Marlene Schiappa, disse que, se houver ministros, ou legisladores, "devem ser multados e penalizados como qualquer outro cidadão".
O ministro da Economia, Bruno Le Maire, respondeu: "Todos os ministros, sem exceção", respeitam as regras".
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, alertou que os envolvidos devem ser processados, se as alegações forem confirmadas. "Não existem dois tipos de cidadãos: os que têm direito à festa, e os que não têm", afirmou.