Primeiro-ministro de Israel já tinha prometido replicar com a força aos cerca de 30 morteiros disparados da Faixa de Gaza para o sul de Israel

O exército israelense bombardeou nesta terça-feira (29) alvos militares da Jihad Islâmica na área central da Faixa de Gaza, depois dos ataques contra Israel com cerca de 30 morteiros, que não provocaram vítimas.

"As Forças de Defesa de Israel estão operando na Faixa de Gaza e as explosões ouvidas estão relacionadas a esta atividade", disse um porta-voz militar, sem dar mais detalhes sobre a ação.

A imprensa e testemunhas em Gaza confirmaram à agência de notícias espanhola Efe que vários postos foram bombardeados no enclave da Jihad Islâmica, à qual são atribuídos os disparos desta manhã contra Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já tinha prometido responder com a força aos cerca de 30 morteiros disparados da Faixa de Gaza para o sul de Israel.

"Israel leva muito a sério os ataques contra [o seu território] (...) pelo Hamas e pela Jihad Islâmica da Faixa de Gaza", disse Netanyahu em conferência de imprensa, prometendo que o exército israelita responderia "com a força" a estes ataques.

Entretanto, a Jihad Islâmica felicitou a resistência armada palestina pela investida contra Israel a partir de Gaza, que segundo a Efe, teria causado um ferido e que aconteceu dias depois da morte de milhares de milicianos alvos do fogo israelense.

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, o chefe do Estado Maior do Exército, Gadi Eisenkot, e outras autoridades da Defesa se reuniram na sede do Exército, em Tel Aviv, para avaliar a situação.

A fronteira entre Gaza e Israel tem vivido momentos de tensão nas últimas semanas, com os palestinos promovendo protestos contra o bloqueio imposto por Israel e pelo Egito, após a chegada ao poder do Hamas, em janeiro de 2006.

A tensão aumentou na fronteira desde o início dos protestos da Grande Marcha de Retorno, em 30 de março, data em que 121 palestinos foram mortos por disparos do exército israelense.

Pelo menos 110 palestinos morreram desde 30 de março em resultado de ações do país inimigo. Com informações da Lusa.