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string(51) "Israel anuncia ofensiva terrestre no sul do Líbano"
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O Exército israelense anunciou, nesta terça-feira (1º), que lançou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano contra o Hezbollah, depois de uma semana de intensos bombardeios contra o movimento islamista pró-iraniano que deixaram centenas de mortos.
O Hezbollah, no entanto, negou que soldados israelenses tenham entrado em território libanês e que houvesse "confrontos diretos" entre os seus combatentes e as forças israelenses.
"Todas as alegações sionistas de que as forças de ocupação entraram no Líbano são falsas", disse o chefe do departamento de informação do Hezbollah ao canal Al Jazeera.
Os capacetes azuis da ONU mobilizados no Líbano também afirmaram que "neste momento" não foi detectada nenhuma incursão terrestre israelense no sul do país.
Apesar dos avisos internacionais contra a escalada na região, o Exército de Israel anunciou nesta terça-feira que conduziu "incursões terrestres limitadas, localizadas e seletivas", apoiadas por ataques aéreos e de artilharia, contra "alvos terroristas e infraestruturas" do Hezbollah "em localidades próximas da fronteira" com Israel.
Israel já havia alertado que, embora tenha desferido um duro golpe ao movimento islamista com o assassinato do seu líder, Hassan Nasrallah, na sexta-feira em um bombardeio perto de Beirute, a batalha não terminou.
Depois de anunciar o início das incursões terrestres, o Exército israelense relatou "combates violentos" na área nesta terça-feira e instou a população a abandonar suas casas e quase 30 localidades no sul do país.
Ajuda urgente
Paralelamente, o Exército israelense bombardeou o sul de Beirute, reduto do Hezbollah, os arredores de Damasco, na Síria, e a Faixa de Gaza, onde Israel lançou uma ofensiva em retaliação ao ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas, em 7 de outubro.
O Hezbollah disse ter disparado "ondas de foguetes do tipo Fadi 4" contra a principal base de inteligência militar israelense, Glilot, perto de Tel Aviv. Segundo a imprensa israelense, esta base abrigaria também a sede do Mossad, o serviço de inteligência externa israelense.
Após o ataque de 7 de outubro, o Hezbollah abriu uma frente na fronteira com Israel em apoio ao seu aliado Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Após meses de trocas de disparos transfronteiriços, o Exército israelense intensificou a sua campanha em meados de setembro, com o objetivo de enfraquecer o Hezbollah e permitir que milhares de israelenses do norte, deslocados pelo conflito, retornassem para casa.
No Líbano, mais de mil pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde, desde as explosões dos dispositivos de comunicação do Hezbollah, nos dias 16 e 17 de setembro, atribuídas a Israel, e do início dos bombardeios em larga escala contra redutos do movimento islamista.
O Líbano está em "uma das fases mais perigosas da sua história", alertou nesta terça-feira o primeiro-ministro Nayib Mikati, que fez um apelo à ONU para que forneça ajuda urgente aos deslocados, um milhão, após os bombardeios dos últimos dias, segundo os seus dados.
Apelos à desescalada
Os apelos internacionais para a desescalada multiplicaram-se para evitar uma guerra regional.
Nesta terça-feira, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos alertou para as consequências de uma "invasão terrestre em grande escala" por parte de Israel no Líbano. A missão dos capacetes azuis da ONU no Líbano alertou que qualquer incursão seria "uma violação da soberania libanesa e da sua integridade territorial".
Em Washington, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que concordava com Israel sobre "a necessidade de desmantelar infraestruturas do Hezbollah" para garantir que "não possa realizar ataques semelhantes ao de 7 de outubro nas comunidades do norte de Israel".
Mas defendeu uma "solução diplomática" para garantir a segurança dos civis em ambos os lados da fronteira.
Para amenizar a situação, o embaixador israelense na França, Joshua Zarka, garantiu que seu país "não pretende invadir o Líbano" ou ficar "por meses". Pretende evitar "o erro de 1982", acrescentou, quando Israel invadiu o sul do Líbano e as suas tropas só se retiraram em 2000.
O Irã, um aliado fundamental do Hezbollah e também do Hamas, descartou a possibilidade de enviar combatentes ao Líbano e a Gaza para confrontar Israel. Ainda assim, o secretário de Defesa americano Lloyd alertou Teerã sobre "sérias consequências" se atacar Israel.
A ofensiva israelense continua na Faixa de Gaza, iniciada após o ataque do Hamas em 7 de outubro que deixou 1.205 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses, embora os bombardeios tenham diminuído nos últimos dias.
A Defesa Civil palestina informou nesta terça-feira que 12 pessoas morreram em um bombardeio no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, e outras sete morreram em um ataque a uma escola que abrigava pessoas deslocadas perto da Cidade de Gaza, no norte.
Até agora, a ofensiva israelense deixou mais de 41.600 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território.
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O Hezbollah, no entanto, negou que soldados israelenses tenham entrado em território libanês e que houvesse "confrontos diretos" entre os seus combatentes e as forças israelenses.
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Depois de anunciar o início das incursões terrestres, o Exército israelense relatou "combates violentos" na área nesta terça-feira e instou a população a abandonar suas casas e quase 30 localidades no sul do país.
Ajuda urgente
Paralelamente, o Exército israelense bombardeou o sul de Beirute, reduto do Hezbollah, os arredores de Damasco, na Síria, e a Faixa de Gaza, onde Israel lançou uma ofensiva em retaliação ao ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas, em 7 de outubro.
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Após o ataque de 7 de outubro, o Hezbollah abriu uma frente na fronteira com Israel em apoio ao seu aliado Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Após meses de trocas de disparos transfronteiriços, o Exército israelense intensificou a sua campanha em meados de setembro, com o objetivo de enfraquecer o Hezbollah e permitir que milhares de israelenses do norte, deslocados pelo conflito, retornassem para casa.
No Líbano, mais de mil pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde, desde as explosões dos dispositivos de comunicação do Hezbollah, nos dias 16 e 17 de setembro, atribuídas a Israel, e do início dos bombardeios em larga escala contra redutos do movimento islamista.
O Líbano está em "uma das fases mais perigosas da sua história", alertou nesta terça-feira o primeiro-ministro Nayib Mikati, que fez um apelo à ONU para que forneça ajuda urgente aos deslocados, um milhão, após os bombardeios dos últimos dias, segundo os seus dados.
Apelos à desescalada
Os apelos internacionais para a desescalada multiplicaram-se para evitar uma guerra regional.
Nesta terça-feira, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos alertou para as consequências de uma "invasão terrestre em grande escala" por parte de Israel no Líbano. A missão dos capacetes azuis da ONU no Líbano alertou que qualquer incursão seria "uma violação da soberania libanesa e da sua integridade territorial".
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