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string(65) "Índia enfrenta segunda onda do vírus; Jogos de Tóquio em risco"
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string(6593) "A segunda onda de coronavírus na Índia acelerou nesta quinta-feira (15) com um número recorde de infecções, enquanto um político importante japonês advertiu que a covid-19 pode provocar o cancelamento dos Jogos Olímpicos.
Enquanto alguns países, como o Reino Unido, iniciam o retorno à normalidade e ampliam a distribuição de vacinas, nações do sul da Ásia enfrentam novas ondas de infecções.
A Índia registrou o recorde de mais de 200.000 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e as autoridades enfrentam a escassez de vacinas, a falta de tratamentos e de leitos de hospital.
Depois de baixar a guarda e permitir a celebração de festas religiosas, comícios políticos e eventos esportivos, a Índia registrou este mês dois milhões de novos contágios.
Siddharth Chakrapani, um dos organizadores do festival Kumbh Mela, disse que os devotos "acreditam que Maa (a mãe) Ganga os salvará da pandemia". "Nossa fé é o mais importante para nós", completou.
Esta semana a Índia superou o Brasil e se tornou o segundo país com mais contágios.
Apesar do desespero de Nova Délhi para tentar evitar a repetição do doloroso, sobretudo economicamente, confinamento do ano passado, alguns estados – como Maharashtra e sua capital, Mumbai - já adotaram medidas restritivas para evitar mortes.
Milhões de trabalhadores migrantes abandonaram Mumbai em cenas que recordam o êxodo das cidades indianas em 2020, quando o governo paralisou todas as atividades praticamente da noite para o dia.
À medida que aumentam os casos, os hospitais se esforçam para enfrentar a escassez de leitos, oxigênio e medicamentos contra o coronavírus, como o remdesivir.
Ao mesmo tempo, a campanha do governo para vacinar 1,3 bilhão de cidadãos não têm o efeito esperado.
Até o momento foram aplicadas apenas 114 milhões de vacinas e os estoques estão acabando, segundo as autoridades.
No Japão, o vírus provoca o temor de um cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O número dois do principal partido que governa o país, Toshiro Nikai, disse: "Precisamos cancelar sem hesitação se eles (os Jogos) não forem mais possíveis", declarou Toshihiro Nikai
"Se os contágios se propagarem por causa das Olimpíadas, não sei para que servem as Olimpíadas", acrescentou o secretário-geral do Partido Liberal-Democrata (PLD).
Ele acrescentou, no entanto, que vê os Jogos como uma "oportunidade" e que é "importante para o Japão fomentar o entusiasmo com o apoio da população".
"Definitivamente, queremos fazer (dos Jogos) um sucesso. Para isso, há vários problemas que precisam ser resolvidos. É importante resolvê-los um por um".
Pouco depois, várias autoridades minimizaram as declarações de Nikai, mas a opinião pública é cada vez mais contrária ao evento. Várias cidades cancelaram o rodízio da tocha olímpica.
A pandemia provocou mais de 2,97 milhões de mortes no mundo, segundo um balanço atualizado da AFP.
A América Latina (845.000 mortes) sofre uma nova onda de casos na Argentina e Uruguai, enquanto o Brasil vive uma "catástrofe humanitária" pela atuação caótica das autoridades, denunciou a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Vacinação nas mesquitas
No Reino Unido, multidões se reuniram nas mesquitas durante o Ramadã, não apenas para rezar, mas também para receber a vacina.
A pandemia afetou especialmente as minorias étnicas do país, que acumula 127.000 mortes, o balanço mais grave da Europa.
E apesar das dúvidas sobre as vacinas que persistem em alguns grupos sociais, o Reino Unido segue adiante com uma campanha de vacinação que já atingiu 32 milhões de pessoas.
Os líderes locais se mostram moderadamente otimistas à medida que as vacinas começam a chegar a estas comunidades.
"A mensagem está chegado", afirma Hasnayn Abbasi, um médico que coordena o centro de vacinação da mesquita de East London.
Na Nova Zelândia, elogiada por sua boa gestão da pandemia, as autoridades começaram a testar um aplicativo para detectar o coronavírus antes que a pessoa desenvolva qualquer sintoma perceptível.
O app "elarm" se conecta a dispositivos de monitoramento esportivo ou 'smart watches' e usa inteligência artificial.
Mas o médico libanês Riad Sarkis tem uma sugestão muito diferente para frear o vírus: cães farejadores.
Os cães especialmente treinados podem detectar a doença em uma pessoa em poucos segundos, inclusive em etapas muito prematuras, quando um exame de PCR apresentaria resultado negativo, segundo o médico.
"No dia em que construirmos uma máquina com nariz eletrônico que amplifique os odores em 10.000 vezes, então poderemos substituir os cães. No momento, precisamos deles", afirma Sarkis.
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A Índia registrou o recorde de mais de 200.000 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e as autoridades enfrentam a escassez de vacinas, a falta de tratamentos e de leitos de hospital.
Depois de baixar a guarda e permitir a celebração de festas religiosas, comícios políticos e eventos esportivos, a Índia registrou este mês dois milhões de novos contágios.
Siddharth Chakrapani, um dos organizadores do festival Kumbh Mela, disse que os devotos "acreditam que Maa (a mãe) Ganga os salvará da pandemia". "Nossa fé é o mais importante para nós", completou.
Esta semana a Índia superou o Brasil e se tornou o segundo país com mais contágios.
Apesar do desespero de Nova Délhi para tentar evitar a repetição do doloroso, sobretudo economicamente, confinamento do ano passado, alguns estados – como Maharashtra e sua capital, Mumbai - já adotaram medidas restritivas para evitar mortes.
Milhões de trabalhadores migrantes abandonaram Mumbai em cenas que recordam o êxodo das cidades indianas em 2020, quando o governo paralisou todas as atividades praticamente da noite para o dia.
À medida que aumentam os casos, os hospitais se esforçam para enfrentar a escassez de leitos, oxigênio e medicamentos contra o coronavírus, como o remdesivir.
Ao mesmo tempo, a campanha do governo para vacinar 1,3 bilhão de cidadãos não têm o efeito esperado.
Até o momento foram aplicadas apenas 114 milhões de vacinas e os estoques estão acabando, segundo as autoridades.
No Japão, o vírus provoca o temor de um cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O número dois do principal partido que governa o país, Toshiro Nikai, disse: "Precisamos cancelar sem hesitação se eles (os Jogos) não forem mais possíveis", declarou Toshihiro Nikai
"Se os contágios se propagarem por causa das Olimpíadas, não sei para que servem as Olimpíadas", acrescentou o secretário-geral do Partido Liberal-Democrata (PLD).
Ele acrescentou, no entanto, que vê os Jogos como uma "oportunidade" e que é "importante para o Japão fomentar o entusiasmo com o apoio da população".
"Definitivamente, queremos fazer (dos Jogos) um sucesso. Para isso, há vários problemas que precisam ser resolvidos. É importante resolvê-los um por um".
Pouco depois, várias autoridades minimizaram as declarações de Nikai, mas a opinião pública é cada vez mais contrária ao evento. Várias cidades cancelaram o rodízio da tocha olímpica.
A pandemia provocou mais de 2,97 milhões de mortes no mundo, segundo um balanço atualizado da AFP.
A América Latina (845.000 mortes) sofre uma nova onda de casos na Argentina e Uruguai, enquanto o Brasil vive uma "catástrofe humanitária" pela atuação caótica das autoridades, denunciou a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Vacinação nas mesquitas
No Reino Unido, multidões se reuniram nas mesquitas durante o Ramadã, não apenas para rezar, mas também para receber a vacina.
A pandemia afetou especialmente as minorias étnicas do país, que acumula 127.000 mortes, o balanço mais grave da Europa.
E apesar das dúvidas sobre as vacinas que persistem em alguns grupos sociais, o Reino Unido segue adiante com uma campanha de vacinação que já atingiu 32 milhões de pessoas.
Os líderes locais se mostram moderadamente otimistas à medida que as vacinas começam a chegar a estas comunidades.
"A mensagem está chegado", afirma Hasnayn Abbasi, um médico que coordena o centro de vacinação da mesquita de East London.
Na Nova Zelândia, elogiada por sua boa gestão da pandemia, as autoridades começaram a testar um aplicativo para detectar o coronavírus antes que a pessoa desenvolva qualquer sintoma perceptível.
O app "elarm" se conecta a dispositivos de monitoramento esportivo ou 'smart watches' e usa inteligência artificial.
Mas o médico libanês Riad Sarkis tem uma sugestão muito diferente para frear o vírus: cães farejadores.
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