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string(67) "Guerra em Gaza completa 100 dias e número de mortos chega a 24 mil"
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Este fim de semana marca 100 dias desde o ataque mortal que militantes do Hamas realizaram em Israel em 7 de outubro de 2023, onde cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 240 foram feitas reféns.
Destes, 130 ainda estão sequestrados e não se sabe se continuam vivos.
Após o ataque, Israel iniciou uma contraofensiva em Gaza, que deixou quase 24 mil mortos, incluindo milhares de mulheres e crianças.
Segundo o Ministério da Saúde daquele território, somente no sábado (13/1), 135 pessoas perderam a vida em ataques israelenses.
Grande parte da infraestrutura de Gaza foi destruída e 85% da população foi deslocada.
Trauma e fome
À medida que aumenta o número de mortos em Gaza, aumentam também os apelos internacionais por um cessar-fogo.
A maior parte da população de Gaza, de 2,2 milhões, está deslocada internamente e a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que metade da população corre o risco de morrer de fome.
"A morte em massa, a destruição, o deslocamento, a fome, a perda e a dor dos últimos 100 dias estão manchando a nossa humanidade compartilhada", disse em comunicado Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência da ONU responsável pelos refugiados, em comunicado.
Ele destacou que toda uma geração de crianças em Gaza sofre com "traumas psicológicos", enquanto as doenças continuam a espalhar-se e a fome espreita no horizonte.
Na cidade de Rafah, no sul de Gaza, vivem mais de 1 milhão de pessoas, muitas delas deslocadas que chegaram de outras partes do território em busca de um lugar seguro, fugindo dos ataques ao norte e centro do território.
Numa publicação no Telegram, o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, disse que a infraestrutura e os serviços médicos em Rafah não podem atender às necessidades de aproximadamente 1,3 milhões de pessoas deslocadas.
"Rafah está chegando ao limite devido ao influxo de centenas de milhares de palestinos deslocados e suas famílias", disse ele.
Os médicos do hospital Nasser da cidade dizem que estão lutando para prestar cuidados em um sistema de saúde "colapsado".
"A maior parte dos suprimentos médicos da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] está em falta", disse o médico Mohammad al-Qidra à Reuters.
"Não temos leitos vazios, nem tratamentos. A maioria dos medicamentos encontrados nos prontos-socorros não é suficiente para os pacientes. Estamos tentando encontrar alternativas."
Muitas pessoas deslocadas também usam enfermarias hospitalares como abrigo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que menos de metade dos hospitais de Gaza seguem funcionando, e apenas parcialmente. E segundo o Ministério da Saúde, poucas ambulâncias estão operacionais no território.
Discurso desafiador
No fim de semana, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assinalou os 100 dias de guerra em Gaza com um discurso desafiador no qual prometeu continuar a lutar "até à vitória".
"Ninguém nos impedirá: nem Haia, nem o Eixo do Mal, nem mais ninguém", declarou, referindo-se ao Tribunal Internacional de Justiça, onde Israel está sendo acusado pela África do Sul de cometer genocídio contra os palestinos em Gaza.
"Continuaremos a guerra até o fim, até a vitória completa, até alcançarmos todos os nossos objetivos", declarou Netanyahu em entrevista coletiva televisionada no sábado.
Também no sábado, em Tel Aviv, dezenas de milhares de pessoas lembraram os acontecimentos de 7 de outubro com uma marcha, exigindo das autoridades israelenses o regresso do reféns detidos pelo Hamas.
Israel está sob crescente pressão internacional para considerar um cessar-fogo ou uma pausa humanitária em Gaza.
Mesmo o seu aliado mais próximo, os Estados Unidos, que defende consistentemente o direito de Israel à autodefesa, disse repetidamente a Israel que o número de civis mortos é "demasiado elevado".
Mas os ataques israelenses continuam em Gaza. E, depois do discurso de Netanyahu no sábado, é improvável que Israel pretenda pôr fim à guerra tão cedo.
Como observou o primeiro-ministro israelense no seu discurso, os combates não irão parar até que o Hamas seja "eliminado".
Assim, o futuro da região e de dezenas de milhares de civis que vivem em condições que foram descritas como "intoleráveis" em Gaza parece extremamente sombrio.
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Após o ataque, Israel iniciou uma contraofensiva em Gaza, que deixou quase 24 mil mortos, incluindo milhares de mulheres e crianças.
Segundo o Ministério da Saúde daquele território, somente no sábado (13/1), 135 pessoas perderam a vida em ataques israelenses.
Grande parte da infraestrutura de Gaza foi destruída e 85% da população foi deslocada.
Trauma e fome
À medida que aumenta o número de mortos em Gaza, aumentam também os apelos internacionais por um cessar-fogo.
A maior parte da população de Gaza, de 2,2 milhões, está deslocada internamente e a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que metade da população corre o risco de morrer de fome.
"A morte em massa, a destruição, o deslocamento, a fome, a perda e a dor dos últimos 100 dias estão manchando a nossa humanidade compartilhada", disse em comunicado Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência da ONU responsável pelos refugiados, em comunicado.
Ele destacou que toda uma geração de crianças em Gaza sofre com "traumas psicológicos", enquanto as doenças continuam a espalhar-se e a fome espreita no horizonte.
Na cidade de Rafah, no sul de Gaza, vivem mais de 1 milhão de pessoas, muitas delas deslocadas que chegaram de outras partes do território em busca de um lugar seguro, fugindo dos ataques ao norte e centro do território.
Numa publicação no Telegram, o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, disse que a infraestrutura e os serviços médicos em Rafah não podem atender às necessidades de aproximadamente 1,3 milhões de pessoas deslocadas.
"Rafah está chegando ao limite devido ao influxo de centenas de milhares de palestinos deslocados e suas famílias", disse ele.
Os médicos do hospital Nasser da cidade dizem que estão lutando para prestar cuidados em um sistema de saúde "colapsado".
"A maior parte dos suprimentos médicos da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] está em falta", disse o médico Mohammad al-Qidra à Reuters.
"Não temos leitos vazios, nem tratamentos. A maioria dos medicamentos encontrados nos prontos-socorros não é suficiente para os pacientes. Estamos tentando encontrar alternativas."
Muitas pessoas deslocadas também usam enfermarias hospitalares como abrigo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que menos de metade dos hospitais de Gaza seguem funcionando, e apenas parcialmente. E segundo o Ministério da Saúde, poucas ambulâncias estão operacionais no território.
Discurso desafiador
No fim de semana, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assinalou os 100 dias de guerra em Gaza com um discurso desafiador no qual prometeu continuar a lutar "até à vitória".
"Ninguém nos impedirá: nem Haia, nem o Eixo do Mal, nem mais ninguém", declarou, referindo-se ao Tribunal Internacional de Justiça, onde Israel está sendo acusado pela África do Sul de cometer genocídio contra os palestinos em Gaza.
"Continuaremos a guerra até o fim, até a vitória completa, até alcançarmos todos os nossos objetivos", declarou Netanyahu em entrevista coletiva televisionada no sábado.
Também no sábado, em Tel Aviv, dezenas de milhares de pessoas lembraram os acontecimentos de 7 de outubro com uma marcha, exigindo das autoridades israelenses o regresso do reféns detidos pelo Hamas.
Israel está sob crescente pressão internacional para considerar um cessar-fogo ou uma pausa humanitária em Gaza.
Mesmo o seu aliado mais próximo, os Estados Unidos, que defende consistentemente o direito de Israel à autodefesa, disse repetidamente a Israel que o número de civis mortos é "demasiado elevado".
Mas os ataques israelenses continuam em Gaza. E, depois do discurso de Netanyahu no sábado, é improvável que Israel pretenda pôr fim à guerra tão cedo.
Como observou o primeiro-ministro israelense no seu discurso, os combates não irão parar até que o Hamas seja "eliminado".
Assim, o futuro da região e de dezenas de milhares de civis que vivem em condições que foram descritas como "intoleráveis" em Gaza parece extremamente sombrio.