Um membro da Guarda Suíça desmaiou nesta quarta-feira (17/7) diante do olhar do papa Francisco durante a tradicional audiência geral na sala Paulo VI do Vaticano.

O guarda suíço caiu de repente, de bruços, com sua alabarda e capacete emplumado, observou um fotógrafo da AFP.

Ele foi imediatamente auxiliado pelas pessoas ao seu redor, que o ajudaram a se levantar.

O episódio durou apenas cerca de vinte segundos.

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Nas imagens, o papa Francisco, sentado em uma grande poltrona estofada em tecido branco, aparece observando, com olhar preocupado, o jovem guarda em seu colorido uniforme oficial recuperar a consciência.

Após cerca de dois minutos, o tempo que levou para recobrar a consciência, o guarda foi escoltado para fora da sala Paulo VI.

Questionado pela AFP sobre as causas do desmaio e o estado de saúde do guarda suíço, o porta-voz do Vaticano disse que "provavelmente foi uma queda da pressão arterial". "Ele está bem agora", acrescentou.

Para muitos observadores, o famoso uniforme da Guarda Suíça - com listras azuis, amarelas e vermelhas, uma gola plissada de tecido branco brilhante e um capacete de metal leve com penas de avestruz - pode não ser adequado para o calor do verão, apesar de o vasto salão do Vaticano ter ar condicionado.

Segundo o fotógrafo da AFP, o papa Francisco aproximou-se ao final da audiência para falar com um membro da Guarda Suíça, o que não costuma fazer.

A Guarda Suíça é um dos corpos militares que, apesar de sua aparência peculiar, leva muito a sério sua missão, pois se dedica exclusivamente a proteger o papa.

É o menor exército do mundo e também o mais antigo, com mais de 500 anos de história.

Foi criado em 1506 pelo papa Júlio II e ao longo de sua história teve seus altos e baixos e esteve à beira da dissolução em várias ocasiões.

No início de seu pontificado, em 2013, Francisco elogiou "o profissionalismo" da Guarda Suíça do Vaticano.

E, segundo rumores na imprensa, o papa argentino ainda ofereceu uma cadeira e algo para comer ao guarda suíço encarregado de sua proteção noturna em seu apartamento na residência Santa Marta, no Vaticano, onde vive, pois não quis se mudar para o luxuoso apartamento pontifício do palácio apostólico.

As rígidas regras do órgão histórico surpreenderam o papa latino-americano, que convidou o jovem capitão perplexo a descansar depois de descobrir que havia passado a noite inteira em pé.

Como o guarda recusou, argumentando que as regras o impediam, Francisco disse: "Eu sou o papa e peço-lhe que se sente", e depois ofereceu pão e presunto.