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A torre Eiffel seguirá fechada na manhã de sábado (24), pelo sexto dia consecutivo, devido a uma greve dos sindicatos, que denunciam uma "preocupante deterioração" deste emblemático monumento parisiense.
A "Dama de Ferro" está com as portas fechadas desde segunda-feira, depois que as representações sindicais de seus funcionários, FO e CGT, convocaram uma greve para "denunciar a gestão atual" deste monumento, símbolo de Paris.
O fechamento deixou muitos visitantes frustrados, sobretudo os turistas estrangeiros.
Quando projetou o monumento há 135 anos, o engenheiro Gustave Eiffel deixou a instrução de renovar a pintura da torre a cada sete anos, uma vez que a mesma, segundo ele, "é o elemento essencial para a conservação de uma estrutura metálica".Os sindicatos denunciam a falta de manutenção e um atraso em sua 20ª campanha de pintura, iniciada em 2019.
"Existem inúmeros pontos de corrosão, sinais de uma preocupante deterioração do monumento", afirmaram os sindicatos CGT e FO, que também apontam a responsabilidade da empresa que gere a torre, SETE, e da cidade de Paris, acionista majoritária da empresa e proprietária do monumento.
O ferro escolhido para a construção da torre "enferruja muito mais rápido que o aço", disse o pintor Pierre Lamalattie, da associação Amis du Champ-de-Mars. "Sempre que há manchas de ferrugem, elas progridem rapidamente e podem causar problemas de segurança", afirmou o crítico de arte.
"Em muito bom estado"
Segundo a prefeitura parisiense, o monumento "está em um muito bom estado", enquanto a SETE afirma que a atual campanha de pintura não terminou e que "restam 40%".
"A pintura está deteriorada, não a estrutura", resumiu à AFP o presidente da SETE, Jean-François Martins.
Os sindicatos também criticam a prefeitura de Paris que, segundo eles, impõe um modelo de negócio "insustentável" devido a um desequilíbrio entre o valor das receitas e os gastos, exacerbado pela crise da covid-19.
O equilíbrio econômico da torre Eiffel viu-se afetado pela perda de cerca de 120 milhões de euros (641 milhões de reais) em entradas durante os dois anos da crise sanitária (2020-2021).
Nesta sexta, "a assembleia geral dos funcionários votou por continuar a greve", confirmaram em um comunicado a GGT e a FO.
O delegado sindical da CGT, Stéphane Dieu, disse à AFP que a mobilização continuaria porque "o único avanço" alcançado na quinta-feira foi "que a prefeitura se sentasse à mesa de negociações".
Os sindicatos explicaram que esperam "avanços concretos no modelo econômico geral" em vez de "tentativas (por parte da gestão) de desviar o debate para questões salariais, algo que os trabalhadores rejeitam".
No sábado de manhã, será realizada uma nova assembleia geral para decidir se o protesto deve continuar.
Se a greve se prolongar para além de domingo, será a mais longa da história recente da Torre Eiffel. No outono (boreal) de 1998, o emblemático monumento parisiense permaneceu fechado por seis dias e meio.
O monumento recebeu 6,3 milhões de visitantes em 2023, número maior que em 2019, antes da pandemia.
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Quando projetou o monumento há 135 anos, o engenheiro Gustave Eiffel deixou a instrução de renovar a pintura da torre a cada sete anos, uma vez que a mesma, segundo ele, "é o elemento essencial para a conservação de uma estrutura metálica".Os sindicatos denunciam a falta de manutenção e um atraso em sua 20ª campanha de pintura, iniciada em 2019.
"Existem inúmeros pontos de corrosão, sinais de uma preocupante deterioração do monumento", afirmaram os sindicatos CGT e FO, que também apontam a responsabilidade da empresa que gere a torre, SETE, e da cidade de Paris, acionista majoritária da empresa e proprietária do monumento.
O ferro escolhido para a construção da torre "enferruja muito mais rápido que o aço", disse o pintor Pierre Lamalattie, da associação Amis du Champ-de-Mars. "Sempre que há manchas de ferrugem, elas progridem rapidamente e podem causar problemas de segurança", afirmou o crítico de arte.
"Em muito bom estado"
Segundo a prefeitura parisiense, o monumento "está em um muito bom estado", enquanto a SETE afirma que a atual campanha de pintura não terminou e que "restam 40%".
"A pintura está deteriorada, não a estrutura", resumiu à AFP o presidente da SETE, Jean-François Martins.
Os sindicatos também criticam a prefeitura de Paris que, segundo eles, impõe um modelo de negócio "insustentável" devido a um desequilíbrio entre o valor das receitas e os gastos, exacerbado pela crise da covid-19.
O equilíbrio econômico da torre Eiffel viu-se afetado pela perda de cerca de 120 milhões de euros (641 milhões de reais) em entradas durante os dois anos da crise sanitária (2020-2021).
Nesta sexta, "a assembleia geral dos funcionários votou por continuar a greve", confirmaram em um comunicado a GGT e a FO.
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