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string(80) "Genocídio: ataques israelenses matam centenas de palestinos em Gaza em 72 horas"
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string(9382) "Reuters - Israel e Hamas retomaram as negociações por um cessar-fogo neste sábado (17) no Catar, segundo informações de ambos os lados, mesmo diante da intensificação dos bombardeios israelenses que mataram centenas de pessoas nas últimas 72 horas e da mobilização para uma nova ofensiva terrestre de grande escala.
As autoridades de saúde palestinas relataram que pelo menos 146 pessoas foram confirmadas como mortas no terceiro dia da mais recente campanha de bombardeios de Israel, uma das mais letais desde o colapso do cessar-fogo em março. Centenas de feridos estavam sendo atendidos em hospitais, enquanto um número indeterminado de vítimas seguia soterrado sob escombros.
Israel anunciou que está se preparando para conquistar mais território em Gaza por meio de uma nova operação chamada "Carruagens de Gideão", que ocorre após a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio nesta semana. Desde o início de março, Israel suspendeu completamente o envio de suprimentos para Gaza, gerando crescente preocupação internacional com a situação dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
Taher Al-Nono, conselheiro de imprensa da liderança do Hamas, afirmou à agência Reuters que uma nova rodada de negociações indiretas com a delegação israelense teve início neste sábado em Doha, abordando todos os temas “sem pré-condições”.
“A delegação do Hamas apresentou a posição do grupo e a necessidade de encerrar a guerra, promover uma troca de prisioneiros, a retirada israelense de Gaza e permitir a entrada de ajuda humanitária e de todos os suprimentos necessários à população da Faixa de Gaza”, acrescentou.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, também confirmou em nota que as negociações sobre um acordo para a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas foram retomadas em Doha. Ele destacou que as conversas começaram sem que Israel tivesse aceitado um cessar-fogo ou o fim do bloqueio.
As forças armadas israelenses informaram que estão realizando ataques de grande escala e mobilizando tropas com o objetivo de alcançar “controle operacional” em partes de Gaza.
Segundo autoridades de saúde do enclave, a maioria das mortes neste sábado ocorreu nas cidades do norte, como Beit Lahia e o campo de refugiados de Jabalia, além de Khan Younis, no sul. Foram contabilizados 459 feridos.
Na sexta-feira, Israel havia orientado a população a evacuar as áreas do norte.
“Gaza setentrional está sendo alvo de uma campanha sistemática de extermínio”, declarou o Hamas em comunicado, conclamando os líderes árabes reunidos em cúpula em Bagdá a tomarem medidas concretas para deter a agressão e garantir a entrega de ajuda humanitária.
Fome iminente - Desde março, as negociações não conseguiram restabelecer a trégua que previa a libertação dos reféns restantes capturados durante o ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra. O grupo afirma que só os libertará com o fim da ofensiva; Israel, por sua vez, insiste que continuará lutando até o desmantelamento do Hamas.
Durante a cúpula da Liga Árabe, o presidente do Egito, Abdel-Fatah al-Sisi — cujo país, junto com o Catar, atua como mediador nas conversas de paz — afirmou que as ações de Israel visam “aniquilar e obliterar” os palestinos, buscando “eliminar sua existência na Faixa de Gaza”.
Especialistas da ONU alertam para a iminência da fome no território, mais de dois meses após Israel interromper todas as entregas de suprimentos. O chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, questionou nesta semana se o Conselho de Segurança irá agir para “prevenir um genocídio”.
Israel responsabiliza o Hamas pelo sofrimento da população civil, acusando o grupo de operar entre civis e desviar ajuda — o que o Hamas nega. As autoridades israelenses afirmam que, durante o cessar-fogo de seis semanas no início do ano, alimentos suficientes entraram em Gaza para evitar uma crise de fome imediata.
Na sexta-feira, o presidente Trump reconheceu a gravidade da crise de fome em Gaza e a urgência de envio de ajuda.
Uma fundação apoiada pelos Estados Unidos pretende iniciar a distribuição de alimentos aos palestinos até o fim de maio, utilizando empresas privadas americanas de segurança e logística. A ONU, no entanto, já declarou que não colaborará com a fundação por considerá-la não imparcial, nem neutra ou independente.
O sistema de saúde de Gaza está à beira do colapso, com hospitais alvejados repetidamente pelos ataques israelenses ao longo dos 19 meses de guerra e escassez severa de insumos médicos.
O diretor do Hospital Indonésio no norte da Faixa, Marwan Al-Sultan, relatou que um número enorme de feridos estava em estado crítico.
“Desde a meia-noite, recebemos 58 mártires, enquanto um grande número de vítimas ainda permanece sob os escombros. A situação dentro do hospital é catastrófica”, declarou ele na rede X (antigo Twitter).
No dia 5 de maio, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel prepara uma ofensiva ampliada e intensiva contra o Hamas, com aval do gabinete de segurança para planos que podem incluir a tomada total da Faixa de Gaza e o controle sobre a distribuição de ajuda humanitária.
O objetivo declarado de Israel é eliminar as capacidades militares e administrativas do Hamas, que atacou comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando aproximadamente 250 reféns.
A campanha militar devastou a pequena e densamente povoada faixa de território, forçando quase toda a população a deixar suas casas e matando mais de 53 mil pessoas, segundo dados das autoridades de saúde locais.
A rede NBC News informou na sexta-feira, citando cinco fontes com conhecimento do assunto, que o governo Trump está elaborando um plano para transferir permanentemente até um milhão de palestinos da Faixa de Gaza para a Líbia. Todas as principais forças políticas palestinas rejeitam qualquer tipo de deslocamento forçado.
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“Gaza setentrional está sendo alvo de uma campanha sistemática de extermínio”, declarou o Hamas em comunicado, conclamando os líderes árabes reunidos em cúpula em Bagdá a tomarem medidas concretas para deter a agressão e garantir a entrega de ajuda humanitária.
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