A Aliança Global para as Vacinas (Gavi) alertou nesta quinta-feira (27) que a redução das contribuições financeiras dos Estados Unidos poderá causar mais de um milhão de mortes.

A declaração da Gavi ocorre logo após a publicação do jornal norte-americano The New York Times ter revelado que a Casa Banca planeja diminui drasticamente o seu apoio à vacinação nos países em desenvolvimento e avisou sobre os muitos riscos desta decisão.

A Aliança Global para as Vacinas é uma organização internacional, com uma parceria público-privada que promove a vacinação de aproximadamente metade das crianças do mundo contra algumas das doenças com maior índice de mortalidade à escala global.

"Uma redução no financiamento dos EUA para a Gavi teria um impacto desastroso na segurança sanitária global, podendo levar a mais de um milhão de mortes por doenças evitáveis e colocar vidas em risco em todo o mundo devido a surtos graves de doenças. Mas, não recebemos um aviso de rescisão do governo norte-americano e estamos em contato com a Casa Branca e com o Congresso para garantir os 300 milhões de dólares já aprovados para as nossas operações de 2025 e para o financiamento de longo prazo da Gavi", afirmou Sania Nishtar, diretora-geral da Gavi.
 
Já a notícia do The New York Times indica que a decisão sobre os cortes na ajuda financeira consta num documento de 281 páginas que a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que sofreu cortes radicais após o inicio da administração de Donald Trump em janeiro passado, encaminhou ao Congresso na noite de segunda-feira (24). O documento, ao qual a mídia teve acesso, detalha os subsídios que a agência norte-americana pretende manter e aqueles que irá eliminar.

Por sua vez, a Gavi comunica que apoia e ajuda a vacinar mais de metade das crianças do mundo contra doenças infecciosas mortais e debilitantes, entre elas, constam 20 doenças, incluindo covid-19, ebola, malária, raiva, poliomielite, cólera, febre tifoide e febre amarela.