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string(3617) "Sete anos depois das mobilizações na França contra o casamento homossexual, pessoas contrárias à reprodução assistida de lésbicas e solteiras protestam neste domingo (6), em Paris, para pedir aos deputados e senadores que o texto seja retirada da pauta. Agitando bandeiras verdes e vermelhas com a inscrição "Liberdade Igualdade Paternidade", os manifestantes começaram a caminhar por volta das 11h GMT (8h em Brasília), no sul da capital.
A multidão foi convocada por um coletivo de cerca de 20 associações, que se opõem à ampliação da reprodução assistida, uma medida emblemática do projeto de lei sobre bioética. Uma comissão especial do Senado se ocupará, a partir de 15 de outubro, deste projeto de lei.
"Todos nascidos de um pai e de uma mãe, essa é a igualdade", "Sem pai, com que direito?" são algumas das frases nos cartazes, que convocam o combate à uma "Reprodução Assistida sem pai".
"Há quase dois anos, nossas tentativas de diálogo não tiveram êxito (...) Resta apenas a rua para sermos ouvidos", declarou a presidente do movimento católico conservador Manifestação para Todos, Ludovina de la Rochère, que também liderou a mobilização contra o casamento gay há sete anos.
Segundo a consultoria Occurence, a marcha de hoje em Paris reuniu cerca de 74.500 pessoas. Em 2012/2013, as manifestações contra a lei que estabelece o casamento homossexual reuniu cerca de 340.000 pessoas, de acordo com a polícia, e 1,4 milhão, segundo os organizadores.
"O desenrolar e o ambiente da manifestação são tão importantes quanto sua amplitude", afirmou Ludovine. Christian Kersabiec, de 68 anos, que chegou de ônibus da Bretanha (oeste), defendeu que "a família com pai e mãe é um ecossistema que temos que proteger".
Para Laetitia, de 20, "um filho é um dom, não é um direito". "Não lutamos contra os homossexuais, não dizemos que sua vida é ruim, mas lutamos, sim, contra a legalização da reprodução assistida", completa.
Para o diretor-geral adjunto do instituto de pesquisa Ifop, Frédéric Dabi, "é difícil antecipar o que vai acontecer, mas a opinião é muito menos crítica sobre a reprodução assistida do que sobre o casamento homossexual".
Segundo a última enquete do instituto, realizada em setembro, uma grande maioria de franceses apoia a ampliação desse procedimento para solteiras (68%) e para lésbicas (65%) - um "nível recorde", aponta Dabi.
O contexto político também mudou. "Em 2013, as pessoas também foram às ruas para dizer 'não' a François Hollande (presidente) e a uma política considerada antifamília", lembra Dabi. "Desde então, a distância entre esquerda e direita se "enfraqueceu", completa.
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A multidão foi convocada por um coletivo de cerca de 20 associações, que se opõem à ampliação da reprodução assistida, uma medida emblemática do projeto de lei sobre bioética. Uma comissão especial do Senado se ocupará, a partir de 15 de outubro, deste projeto de lei.
"Todos nascidos de um pai e de uma mãe, essa é a igualdade", "Sem pai, com que direito?" são algumas das frases nos cartazes, que convocam o combate à uma "Reprodução Assistida sem pai".
"Há quase dois anos, nossas tentativas de diálogo não tiveram êxito (...) Resta apenas a rua para sermos ouvidos", declarou a presidente do movimento católico conservador Manifestação para Todos, Ludovina de la Rochère, que também liderou a mobilização contra o casamento gay há sete anos.
Segundo a consultoria Occurence, a marcha de hoje em Paris reuniu cerca de 74.500 pessoas. Em 2012/2013, as manifestações contra a lei que estabelece o casamento homossexual reuniu cerca de 340.000 pessoas, de acordo com a polícia, e 1,4 milhão, segundo os organizadores.
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Para Laetitia, de 20, "um filho é um dom, não é um direito". "Não lutamos contra os homossexuais, não dizemos que sua vida é ruim, mas lutamos, sim, contra a legalização da reprodução assistida", completa.
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Segundo a última enquete do instituto, realizada em setembro, uma grande maioria de franceses apoia a ampliação desse procedimento para solteiras (68%) e para lésbicas (65%) - um "nível recorde", aponta Dabi.
O contexto político também mudou. "Em 2013, as pessoas também foram às ruas para dizer 'não' a François Hollande (presidente) e a uma política considerada antifamília", lembra Dabi. "Desde então, a distância entre esquerda e direita se "enfraqueceu", completa.