GUERRA

Nesta quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de sanções à Rússia com o objetivo de minar a capacidade do Kremlin de se equipar junto de países terceiros para a guerra na Ucrânia. Washington declarou que são mais de 300 entidades atingidas, que buscam por meio desta estratégia enfraquecer ou cortar as vias de fornecimento às forças russas de materiais e equipamentos junto de países cooperam com os russos, como China, Turquia e Emirados Árabes Unidos, além da Bolsa de Valores de Moscou e várias subsidiárias do país.

O governo russo já reagiu e prometeu uma retaliação contra medidas que classificou como agressivas. “A Rússia, como sempre nestes casos, não deixará que as ações agressivas dos Estados Unidos fiquem sem resposta”, declarou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo. 

As sanções foram tomadas pelos Departamentos do Tesouro e de Estado dos EUA que esperam deste modo dificultar transações de grandes quantias de dinheiro e visar ainda entidades envolvidas em projetos de gás natural liquefeito. “As medidas hoje anunciadas visam às restantes rotas de abastecimento através das quais a Rússia adquire materiais e equipamentos internacionalmente, incluindo a sua dependência de fornecimentos essenciais de países terceiros. Estamos elevando o risco para instituições financeiras envolvidas com a economia de guerra russa, eliminando oportunidades de evasão e diminuindo a capacidade da Rússia de se beneficiar do acesso a tecnologias, equipamentos, software e serviços de tecnologia de informação estrangeiros”, disse Janet Yellen, secretária do Tesouro norte-americano.

Segundo Yellle, o novo pacote de sanções também tem como alvo redes transnacionais e afeta mais de 90 indivíduos e entidades globalmente, procurando dessa forma que sejam em menor número possível os atores destas redes que escapam a sanções apesar de se saber que apóiam o esforço de guerra da Rússia.