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A ex-primeira-dama dos Estados Unidos Melania Trump defende o direito ao aborto em sua autobiografia, que será lançada na próxima terça-feira (8), segundo o The Guardian, uma posição inesperada sobre um tema quente das eleições presidenciais, disputadas por seu marido.
"Por que alguém, além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com seu próprio corpo? O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, lhe concede a autoridade para interromper a gravidez se assim desejar", escreve Melania, segundo o jornal.
"Restringir o direito de uma mulher de escolher interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controle sobre seu próprio corpo. Pensei nisso durante toda a minha vida adulta", acrescentou ela, de acordo com o The Guardian, que disse ter acessado uma cópia do livro.
A equipe de campanha da vice-presidente Kamala Harris, rival de Donald Trump nas eleições de 5 de novembro, reagiu.
"Infelizmente para as mulheres em todos os Estados Unidos, o marido da senhora Trump discorda veementemente dela e é a razão pela qual mais de uma em cada três mulheres americanas vivem sob a proibição do aborto de Trump, que ameaça a sua saúde, a sua liberdade e as suas vidas", disse a porta-voz da equipe, Sarafina Chitika.
Donald Trump disse hoje ao canal de TV Fox News que há opiniões diferentes sobre o aborto nos Estados Unidos, e que incentivou sua mulher a se expressar com honestidade. "Conversamos sobre o assunto e eu lhe disse: 'Você tem que escrever o que pensa. Não vou te dizer o que fazer."
Em um vídeo em preto e branco publicado hoje nas redes sociais, Melania Trump se mostra evasiva. "A liberdade individual é um princípio fundamental que protejo. Certamente não há espaço para compromissos quando se trata deste direito essencial que todas as mulheres possuem desde o nascimento", disse ela, com música clássica ao fundo.
Donald Trump presume que a nomeação de três juízes conservadores para a Suprema Corte durante o seu mandato ajudou a derrubar o direito federal ao aborto em 2022. Desde então, pelo menos 20 estados impuseram restrições totais ou parciais, com a Geórgia proibindo a maioria dos abortos após seis semanas de gravidez.
Os comentários de Melania Trump provocaram a ira dos antiabortistas. Seu apoio ao aborto "é antifeminista" e contrário à "fé católica", afirmou na rede social X Kristan Hawkins, presidente da organização Estudantes pela Vida.
Como a opinião pública é muito favorável ao direito ao aborto, Donald Trump ajustou um pouco a sua posição e tenta agora apresentar-se como um defensor dos "direitos reprodutivos".
Kamala faz campanha em defesa do direito ao aborto e, de acordo com as pesquisas, os eleitores confiam mais nela nessa questão.
Antes de Melania Trump, outras mulheres de ex-presidentes republicanos se pronunciaram a favor do direito ao aborto, como Nancy Reagan, Barbara Bush e Laura Bush, mas apenas muito tempo depois que seus maridos deixaram a Casa Branca.
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A ex-primeira-dama dos Estados Unidos Melania Trump defende o direito ao aborto em sua autobiografia, que será lançada na próxima terça-feira (8), segundo o The Guardian, uma posição inesperada sobre um tema quente das eleições presidenciais, disputadas por seu marido.
"Por que alguém, além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com seu próprio corpo? O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, lhe concede a autoridade para interromper a gravidez se assim desejar", escreve Melania, segundo o jornal.
"Restringir o direito de uma mulher de escolher interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controle sobre seu próprio corpo. Pensei nisso durante toda a minha vida adulta", acrescentou ela, de acordo com o The Guardian, que disse ter acessado uma cópia do livro.
A equipe de campanha da vice-presidente Kamala Harris, rival de Donald Trump nas eleições de 5 de novembro, reagiu.
"Infelizmente para as mulheres em todos os Estados Unidos, o marido da senhora Trump discorda veementemente dela e é a razão pela qual mais de uma em cada três mulheres americanas vivem sob a proibição do aborto de Trump, que ameaça a sua saúde, a sua liberdade e as suas vidas", disse a porta-voz da equipe, Sarafina Chitika.
Donald Trump disse hoje ao canal de TV Fox News que há opiniões diferentes sobre o aborto nos Estados Unidos, e que incentivou sua mulher a se expressar com honestidade. "Conversamos sobre o assunto e eu lhe disse: 'Você tem que escrever o que pensa. Não vou te dizer o que fazer."
Em um vídeo em preto e branco publicado hoje nas redes sociais, Melania Trump se mostra evasiva. "A liberdade individual é um princípio fundamental que protejo. Certamente não há espaço para compromissos quando se trata deste direito essencial que todas as mulheres possuem desde o nascimento", disse ela, com música clássica ao fundo.
Donald Trump presume que a nomeação de três juízes conservadores para a Suprema Corte durante o seu mandato ajudou a derrubar o direito federal ao aborto em 2022. Desde então, pelo menos 20 estados impuseram restrições totais ou parciais, com a Geórgia proibindo a maioria dos abortos após seis semanas de gravidez.
Os comentários de Melania Trump provocaram a ira dos antiabortistas. Seu apoio ao aborto "é antifeminista" e contrário à "fé católica", afirmou na rede social X Kristan Hawkins, presidente da organização Estudantes pela Vida.
Como a opinião pública é muito favorável ao direito ao aborto, Donald Trump ajustou um pouco a sua posição e tenta agora apresentar-se como um defensor dos "direitos reprodutivos".
Kamala faz campanha em defesa do direito ao aborto e, de acordo com as pesquisas, os eleitores confiam mais nela nessa questão.
Antes de Melania Trump, outras mulheres de ex-presidentes republicanos se pronunciaram a favor do direito ao aborto, como Nancy Reagan, Barbara Bush e Laura Bush, mas apenas muito tempo depois que seus maridos deixaram a Casa Branca.