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Um tribunal de Oldenburg, na Alemanha, condenou o enfermeiro Niels Högel nesta quinta-feira (6) à prisão perpétua pelo assassinato de 85 pacientes, no que é considerado o pior caso de assassinatos em série no país após a Segunda Guerra Mundial.
Högel, 42, foi considerado culpado por ter matado pacientes com injeções letais nos hospitais em que trabalhou entre 2000 e 2005. Após a injeção, ele fingia ter dificuldades para reanimar os pacientes.
Ele foi acusado de cometer cem assassinatos no período. Admitiu 43 e negou o restante, sendo absolvido de 15 acusações.
Högel já havia sido sentenciado a 15 anos de prisão em 2015, após ser condenado pela morte de dois pacientes com injeções letais.
A policia suspeita que ele pode ter assassinado até 200 pessoas, mas vários casos não poderão ser esclarecidos porque os corpos das supostas vítimas foram cremados.
Os crimes cometidos por Niels Högel "desafiam a razão e todos os limites conhecidos", afirmou o presidente do tribunal, Sebastian Buhrmann. "O espírito humano tem dificuldade de compreender a escala monstruosa desses crimes", completou.
As vítimas, com idades entre 34 e 96 anos, eram escolhidas ao acaso por Högel. Entre 2000 e 2005 ele injetou uma superdose de medicamentos em dezenas de pacientes, alegando que queria se destacar entre os colegas ao reanimar os enfermos.
"Era a única maneira de integrar-se na equipe", afirmou.
"Quero sinceramente pedir desculpas a todos pelo mal que causei durante todos esses anos", declarou o condenado na quarta-feira (5) às famílias das vítimas.
Högel afirmou ser "dia e noite" perseguido pela "vergonha e pelo remorso".
Ele primeiro reconheceu 30 assassinatos em Delmenhorst em 2015, mas negou ter matado em Oldenburg, o que era uma mentira. Quando perguntado por que ele mentiu, disse que estava "envergonhado" com a "dimensão" de suas ações.
Negar os crimes não o ajudou, porque a necrópsia dos corpos dos pacientes de Oldenburg provou que ele os matou.
Os especialistas psiquiátricos indicaram que Högel sofre um profundo problema de narcisismo.
"Está sempre disposto a mentir se isso permitir que se destaque", segundo o médico psiquiatra Max Steller, que depôs durante o julgamento.
Niels Högel nasceu em 30 de dezembro de 1976 em Wilhelmshaven e se tornou enfermeiro, como seu pai, aos 19 anos. No fim de 1999 começou a trabalhar no hospital de Oldenburg e no início de 2003 no hospital da cidade vizinha de Delmenhorst.
O julgamento também buscou esclarecer como Niels Högel conseguiu matar tantas pessoas durante cinco anos sem ser preso.
O hospital em Delmenhorst admitiu ter tido suspeitas, e o de Oldenburg o demitiu em 2002, argumentando "perda de confiança", embora tenha lhe dado uma carta de recomendação.
Vários colegas e superiores hierárquicos de Oldenburg, que testemunharam durante o julgamento, negaram que suspeitaram ou disseram que não se lembravam.
Essa "amnésia coletiva" exasperou o juiz, que acusou dez pessoas de perjúrio e falso testemunho.
Além disso, os responsáveis pelos dois hospitais terão que dar explicações em um julgamento diferente, no qual Högel será uma testemunha.
Para os parentes das vítimas, apenas uma coisa importa: "Que este homem nunca saia da prisão", disse Petra Klein, lembrando que ele já está preso há dez anos.
Pela lei alemã, há a possibilidade de ele ser solto após 15 anos, mas em alguns casos a prisão perpétua prevalece.
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Högel, 42, foi considerado culpado por ter matado pacientes com injeções letais nos hospitais em que trabalhou entre 2000 e 2005. Após a injeção, ele fingia ter dificuldades para reanimar os pacientes.
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Högel já havia sido sentenciado a 15 anos de prisão em 2015, após ser condenado pela morte de dois pacientes com injeções letais.
A policia suspeita que ele pode ter assassinado até 200 pessoas, mas vários casos não poderão ser esclarecidos porque os corpos das supostas vítimas foram cremados.
Os crimes cometidos por Niels Högel "desafiam a razão e todos os limites conhecidos", afirmou o presidente do tribunal, Sebastian Buhrmann. "O espírito humano tem dificuldade de compreender a escala monstruosa desses crimes", completou.
As vítimas, com idades entre 34 e 96 anos, eram escolhidas ao acaso por Högel. Entre 2000 e 2005 ele injetou uma superdose de medicamentos em dezenas de pacientes, alegando que queria se destacar entre os colegas ao reanimar os enfermos.
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"Quero sinceramente pedir desculpas a todos pelo mal que causei durante todos esses anos", declarou o condenado na quarta-feira (5) às famílias das vítimas.
Högel afirmou ser "dia e noite" perseguido pela "vergonha e pelo remorso".
Ele primeiro reconheceu 30 assassinatos em Delmenhorst em 2015, mas negou ter matado em Oldenburg, o que era uma mentira. Quando perguntado por que ele mentiu, disse que estava "envergonhado" com a "dimensão" de suas ações.
Negar os crimes não o ajudou, porque a necrópsia dos corpos dos pacientes de Oldenburg provou que ele os matou.
Os especialistas psiquiátricos indicaram que Högel sofre um profundo problema de narcisismo.
"Está sempre disposto a mentir se isso permitir que se destaque", segundo o médico psiquiatra Max Steller, que depôs durante o julgamento.
Niels Högel nasceu em 30 de dezembro de 1976 em Wilhelmshaven e se tornou enfermeiro, como seu pai, aos 19 anos. No fim de 1999 começou a trabalhar no hospital de Oldenburg e no início de 2003 no hospital da cidade vizinha de Delmenhorst.
O julgamento também buscou esclarecer como Niels Högel conseguiu matar tantas pessoas durante cinco anos sem ser preso.
O hospital em Delmenhorst admitiu ter tido suspeitas, e o de Oldenburg o demitiu em 2002, argumentando "perda de confiança", embora tenha lhe dado uma carta de recomendação.
Vários colegas e superiores hierárquicos de Oldenburg, que testemunharam durante o julgamento, negaram que suspeitaram ou disseram que não se lembravam.
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Além disso, os responsáveis pelos dois hospitais terão que dar explicações em um julgamento diferente, no qual Högel será uma testemunha.
Para os parentes das vítimas, apenas uma coisa importa: "Que este homem nunca saia da prisão", disse Petra Klein, lembrando que ele já está preso há dez anos.
Pela lei alemã, há a possibilidade de ele ser solto após 15 anos, mas em alguns casos a prisão perpétua prevalece.