A descoberta de um Ford Pinto de 1974 num riacho de Cusseta, no estado norte-americano de Alabama, foi a peça final de um complicado puzzle que deu dores de cabeça às autoridades durante praticamente cinco décadas, desde o desaparecimento do seu dono, Kyle Clinkscales, em 27 de janeiro de 1976.

Esse foi o dia em que o então estudante da Universidade de Auburn foi visto pela última vez, num bar onde trabalhava na sua cidade natal de LaGrange, no estado vizinho de Georgia.

Clinkscales pretendia realizar, nessa noite, a viagem de cerca de 56 quilômetros de volta para a faculdade, mas nunca chegou. "Como se a terra o tivesse engolido", chegou a dizer a sua mãe a um jornal local, agora citada pelo The Guardian.

A partir daí, e durante praticamente 50 anos, as autoridades drenaram riachos e massas de água em busca do carro, culminando com a sua descoberta a 7 de dezembro de 2021. Lá dentro, os investigadores encontraram uma carteira, identificação e ossos que, agora, veio a comprovar-se que eram do jovem desaparecido.

O anúncio foi feito no domingo, mas, até agora, ainda não foi descoberta a causa ou os contornos da morte do jovem de 22 anos.

A história fica, assim, um passo mais perto da conclusão, mas, nem o pai, nem a mãe de Clinkscales viveu o suficiente para poder assistir à descoberta dos restos do seu filho desaparecido. O pai, John, morreu vítima de um infarto em 2007 e a mãe, Louise, morreu em 2021, apenas 11 meses antes da descoberta do Ford Pinto pertencente ao seu filho.