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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Nicolás Maduro, na tarde desta sexta-feira (1º), em São Vicente e Granadinas, no Caribe. Após participarem da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), os dois tiveram uma conversa privada e trataram sobre as eleições na Venezuela, a retomada de trocas comerciais entre Brasil e o país venezuelano, além de economia e combate ao garimpo ilegal em terras indígenas.
A reunião bilateral estava prevista, de acordo com agenda oficial de Lula, para 13h30 desta sexta-feira, mas sofreu atraso e começou no meio desta tarde, por volta das 16h. Os presidentes discutiram sobre as eleições no país comandado por Maduro. A autoridade eleitoral da Venezuela recebeu um documento do parlamento do país com 27 sugestões de datas para o pleito, mas, durante a conversa com o chefe do Executivo brasileiro, o líder venezuelano garantiu que haverá votação ainda este ano.
A preocupação do governo brasileiro é que o líder venezuelano não cumpra o acordo firmado em Barbados, no fim do ano passado, para a realização de eleições livres e transparentes na Venezuela. Entretanto, os relatos de prisão e inelegibilidade de adversários políticos de Maduro apontam que o tratado não está sendo seguido. À Lula, o presidente do país vizinho garantiu que fechou um pacto com a oposição e que as eleições, a serem realizadas no segundo semestre, contarão com a participação de observadores internacionais e auditoria.
Maduro ainda destacou que a economia venezuelana está apresentando melhoras, como a queda da inflação no país, e abordou a dívida bilionária da Venezuela com o Brasil, com o propósito de retomar e ampliar trocas comerciais entre as duas nações. Lula também tratou sobre o combate ao garimpo em terras indígenas e propôs uma ação conjunta para impedir a atuação dos garimpeiros.
Maduro endossa falas de Lula
Nicolás Maduro, logo após a reunião da cúpula da Celac, endossou as falas de Lula sobre a guerra entre Israel e Hamas. O presidente da Venezuela chamou de “genocídio” a reação israelense na Faixa de Gaza e disse que chefes de Estados Latino-Americanos e Caribenhps debateriam sobre a “ineficácia” da Justiça internacional para deter o “massacre diário e brutal” de palestinos.
A declaração foi dada a um grupo de jornalistas que acompanham o encontro da Celac. “Como se chama isso, direitos humanos, direito internacional? E onde está a Justiça internacional? Serve apenas para perseguir os processos de independência. Onde está a Justiça internacional, para que serve essa Justiça internacional, é a Justiça internacional ou é a Justiça dos impérios para perseguir o povo e encobrir os seus crimes? Essa é a grande questão”, indagou Maduro.
Após a reunião da cúpula e a bilateral entre Lula e o venezuelano, o presidente do Brasil ainda teve um encontro com o Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Luis Arce, e, em seguida, com o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres. O petista deve retornar ao Brasil ainda nesta sexta-feira (1º).
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A reunião bilateral estava prevista, de acordo com agenda oficial de Lula, para 13h30 desta sexta-feira, mas sofreu atraso e começou no meio desta tarde, por volta das 16h. Os presidentes discutiram sobre as eleições no país comandado por Maduro. A autoridade eleitoral da Venezuela recebeu um documento do parlamento do país com 27 sugestões de datas para o pleito, mas, durante a conversa com o chefe do Executivo brasileiro, o líder venezuelano garantiu que haverá votação ainda este ano.
A preocupação do governo brasileiro é que o líder venezuelano não cumpra o acordo firmado em Barbados, no fim do ano passado, para a realização de eleições livres e transparentes na Venezuela. Entretanto, os relatos de prisão e inelegibilidade de adversários políticos de Maduro apontam que o tratado não está sendo seguido. À Lula, o presidente do país vizinho garantiu que fechou um pacto com a oposição e que as eleições, a serem realizadas no segundo semestre, contarão com a participação de observadores internacionais e auditoria.
Maduro ainda destacou que a economia venezuelana está apresentando melhoras, como a queda da inflação no país, e abordou a dívida bilionária da Venezuela com o Brasil, com o propósito de retomar e ampliar trocas comerciais entre as duas nações. Lula também tratou sobre o combate ao garimpo em terras indígenas e propôs uma ação conjunta para impedir a atuação dos garimpeiros.
Maduro endossa falas de Lula
Nicolás Maduro, logo após a reunião da cúpula da Celac, endossou as falas de Lula sobre a guerra entre Israel e Hamas. O presidente da Venezuela chamou de “genocídio” a reação israelense na Faixa de Gaza e disse que chefes de Estados Latino-Americanos e Caribenhps debateriam sobre a “ineficácia” da Justiça internacional para deter o “massacre diário e brutal” de palestinos.
A declaração foi dada a um grupo de jornalistas que acompanham o encontro da Celac. “Como se chama isso, direitos humanos, direito internacional? E onde está a Justiça internacional? Serve apenas para perseguir os processos de independência. Onde está a Justiça internacional, para que serve essa Justiça internacional, é a Justiça internacional ou é a Justiça dos impérios para perseguir o povo e encobrir os seus crimes? Essa é a grande questão”, indagou Maduro.
Após a reunião da cúpula e a bilateral entre Lula e o venezuelano, o presidente do Brasil ainda teve um encontro com o Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Luis Arce, e, em seguida, com o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres. O petista deve retornar ao Brasil ainda nesta sexta-feira (1º).