EUA


Considerada a cara  e a voz  da última Copa do Mundo Feminina, Megan Rapinoe retornou aos Estados Unidos em evidência. O desafeto com Donald Trump ganhou um componente a mais. Em pesquisa pelo "Public Policy Polling", a capitã americana está à frente do atual chefe do executivo norte-americano nas pesquisas para a corrida presidencial de 2020. 


De acordo com o levantamento, em um hipotético cenário, a jogadora teria 42% das intenções de votos, contra 41% de Trump. Além disso, os eleitores que se disseram indecisos votaram em Hillary Clinton na última eleição, deixando uma margem maior de crescimento para a campeã mundial.


Em entrevista antes da Copa do Mundo Feminina, a capitã americana afirmou que não iria à Casa Branca caso os Estados Unidos vencessem o Mundial. Destacando, ainda, que convenceria suas companheiras de time a fazerem o mesmo. Em resposta, o presidente retomou o embate: "vençam primeiro, depois pensem em visitar a Casa Branca".


Apesar das negativas, Trump seguiu o protocolo e convidou o time para recebê-las na residência presidencial, as jogadoras, no entanto, preferiram celebrar o título em uma parada nas ruas de Nova York. Durante o discurso, Megan Rapinoe comentou sobre a pesquisa e ironizou a situação. "Não há outro lugar onde eu queria estar, nem mesmo na corrida presidencial. Estou ocupada, desculpas", disse.


Rapinoe descreve a si mesma como um 'protesto ambulante'. Além da liderança dentro da seleção americana, a jogadora é ativista pela causa LGBT e pelas mulheres, pautas diretamente ligadas à plataforma na qual trabalha: a do futebol feminino. A capitã ainda encabeça um processo judicial da seleção americana contra a Federação de Futebol dos Estados Unidos (US Soccer) pleiteando direitos e condições iguais entre as jogadoras e jogadores que representam o país dentro de campo.