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Firmados após uma reunião em Ciudad Juárez (ao norte, estado de Chihuahua, na fronteira com os EUA), o acordo pretende "evitar que as pessoas migrantes arrisquem sua vida, ao utilizar esse meio de transporte (trem) com a intenção de chegar à fronteira" (Foto: Getty Images via AFP)
O governo mexicano endureceu, na sexta-feira (22), as medidas para evitar a passagem de migrantes em situação irregular por seu território, usando trens de carga, depois de a maior operadora ferroviária local ter interrompido 30% de suas operações esta semana, sobrecarregada pelo fluxo de migrantes em condição ilegal.
O Instituto Nacional de Migrações (INM) estabeleceu "15 ações" com as autoridades locais, a empresa Ferromex e a Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) que incluem "intervenções" em migrantes que estejam nos trens, estradas, ou na via pública, e o "retorno" para seus países, conforme detalhado em um comunicado.
Firmados após uma reunião em Ciudad Juárez (ao norte, estado de Chihuahua, na fronteira com os EUA), o acordo pretende "evitar que as pessoas migrantes arrisquem sua vida, ao utilizar esse meio de transporte (trem) com a intenção de chegar à fronteira", acrescenta o documento.
A medida surge em um momento em que o México reconhece estar "sobrecarregado" pelo fluxo migratório, como declarou na sexta-feira (22), em Nova York, sua ministra das Relações Exteriores, Alicia Bárcena.
A chanceler informou, ainda, que o presidente Andrés Manuel López Obrador pretende se reunir em novembro com seu homólogo americano, Joe Biden, para abordar a questão.
"Resgate e dissuasão"
Na última terça-feira (19), a Ferromex anunciou a suspensão da atividade de 60 trens de carga - de uma frota operacional de cerca de 200 diários -, devido ao fluxo de milhares de migrantes que usam esses veículos.
O INM informou que vai localizar, junto com a Ferromex, os pontos estratégicos da via férrea para fazer o "resgate e dissuasão" de migrantes, em coordenação com o Exército, a Guarda Nacional e a polícia.
"Haverá um coordenador do INM para as ações realizadas em toda rota da ferrovia", detalhou a instituição.
Também ficou acertado que a Patrulha Fronteiriça dos EUA "entregue" à autoridade de imigração mexicana aqueles em situação clandestina que foram expulsos desse país, pela ponte internacional de Ciudad Juárez.
Contempla-se, ainda, "contar com os meios de transporte aéreo e terrestre para o retorno dos migrantes resgatados", assim como realizar gestões com os governos de "Venezuela, Brasil, Nicarágua, Colômbia e Cuba para que recebam seus compatriotas", completa o comunicado.
Nove mil migrantes por dia
O plano também contempla "despressurizar" os abrigos estatais para migrantes em Ciudad Juárez, habilitando novos estabelecimentos e alugando um imóvel para substituir a estação de imigração que pegou fogo em março passado, deixando 39 mortos.
Desde o início do ano, o INM diz ter feito 658 ações no sistema ferroviário, em pelo menos nove estados mexicanos, com um total de 8.988 migrantes detidos.
"Apenas em setembro", o instituto deteve 189 mil pessoas migrantes, "ou seja, uma média diária de 9 mil", enquanto seus relatórios indicam que "pessoas de 191 nacionalidades transitam pelo México", principalmente procedentes das Américas Central e do Sul.
Na sexta-feira, dezenas de pessoas chegaram à fortemente monitorada fronteira entre México e Estados Unidos, no dia em que o governo americano anunciou que, em agosto, bateu-se o recorde de travessias de migrantes deste ano.
A agência de Aduanas e Proteção de Fronteiras informou 232.972 cruzamentos de migrantes na fronteira sul em agosto. Desde o início do ano fiscal em outubro, esse número passa de 2,2 milhões.
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O Instituto Nacional de Migrações (INM) estabeleceu "15 ações" com as autoridades locais, a empresa Ferromex e a Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) que incluem "intervenções" em migrantes que estejam nos trens, estradas, ou na via pública, e o "retorno" para seus países, conforme detalhado em um comunicado.
Firmados após uma reunião em Ciudad Juárez (ao norte, estado de Chihuahua, na fronteira com os EUA), o acordo pretende "evitar que as pessoas migrantes arrisquem sua vida, ao utilizar esse meio de transporte (trem) com a intenção de chegar à fronteira", acrescenta o documento.
A medida surge em um momento em que o México reconhece estar "sobrecarregado" pelo fluxo migratório, como declarou na sexta-feira (22), em Nova York, sua ministra das Relações Exteriores, Alicia Bárcena.
A chanceler informou, ainda, que o presidente Andrés Manuel López Obrador pretende se reunir em novembro com seu homólogo americano, Joe Biden, para abordar a questão.
"Resgate e dissuasão"
Na última terça-feira (19), a Ferromex anunciou a suspensão da atividade de 60 trens de carga - de uma frota operacional de cerca de 200 diários -, devido ao fluxo de milhares de migrantes que usam esses veículos.
O INM informou que vai localizar, junto com a Ferromex, os pontos estratégicos da via férrea para fazer o "resgate e dissuasão" de migrantes, em coordenação com o Exército, a Guarda Nacional e a polícia.
"Haverá um coordenador do INM para as ações realizadas em toda rota da ferrovia", detalhou a instituição.
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Contempla-se, ainda, "contar com os meios de transporte aéreo e terrestre para o retorno dos migrantes resgatados", assim como realizar gestões com os governos de "Venezuela, Brasil, Nicarágua, Colômbia e Cuba para que recebam seus compatriotas", completa o comunicado.
Nove mil migrantes por dia
O plano também contempla "despressurizar" os abrigos estatais para migrantes em Ciudad Juárez, habilitando novos estabelecimentos e alugando um imóvel para substituir a estação de imigração que pegou fogo em março passado, deixando 39 mortos.
Desde o início do ano, o INM diz ter feito 658 ações no sistema ferroviário, em pelo menos nove estados mexicanos, com um total de 8.988 migrantes detidos.
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A agência de Aduanas e Proteção de Fronteiras informou 232.972 cruzamentos de migrantes na fronteira sul em agosto. Desde o início do ano fiscal em outubro, esse número passa de 2,2 milhões.