Luxuoso festival de música teria shows de Blink-182 e Major Lazer, mas foi cancelado no último minuto.

Por G1

O promotor de eventos Billy McFarland, um dos criadores do Fyre Festival, fiasco nas Bahamas em 2017, foi declarado culpado em duas acusações federais de fraude. Ele pode enfrentar até 10 anos de prisão, segundo a emissora de rádio "NPR".

McFarland foi preso em junho do ano passado e libertado diante do pagamento de uma fiança de US$ 300 mil. Sua sentença será anunciada em junho.

Com ingressos de até R$ 38 mil, o Fyre Festival prometia ser a "experiência cultural da década". O festival de música aconteceria em dois finais de semana em Exuma, nas Bahamas, e teria acomodações luxuosas e comida gourmet. Artistas como Blink-182, Major Lazer e Migos fariam shows.

No entanto, os organizadores cancelaram o evento no último minuto por causa da desorganização e a falta de instalações para os participantes. A maioria das principais atrações, inclusive, desistiu do festival dias antes, citando falta de pagamento.

Uma ação judicial registrada em Los Angeles acusou o Fyre Festival de não ser mais que "um golpe para enriquecer rápido". E a falta de comida, água, abrigo e atendimento médico adequados deixaram os participantes abandonados "em uma situação perigosa" em uma ilha remota.

Arrependimento e perdão

 Colchões e barracas montadas para o Fyre Festival, em Exuma, Bahamas (Foto: Jake Strang via AP)

Colchões e barracas montadas para o Fyre Festival, em Exuma, Bahamas (Foto: Jake Strang via AP)

Segundo uma corte federal de Manhattan, Billy McFarland defraudou 80 investidores e falsificou documentos para financiar o Fyre Festival. "Me arrependo profundamente de minhas ações e peço perdão aos meus investidores, equipe, família e apoiadores que decepcionei", ele afirmou diante da corte.

"Eu subestimei grosseiramente os recursos necessários para realizar um evento dessa magnitude. E numa tentativa de levantar os fundos que imaginei que precisava, menti para investidores em vários aspectos da Fyre Media e de minhas finanças pessoais. Isso inclui documentos e informações falsas".