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O governo de Boris Johnson defendeu, nesta quarta-feira (17), a segurança da vacina da AstraZeneca e o primeiro-ministro anunciou que receberá a vacina em meio à campanha em massa de seu país, que pode ser desacelerada devido à redução de abastecimento.
Vários países, incluindo Espanha, França e Alemanha, suspenderam nos últimos dias o uso da vacina desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford e do laboratório sueco-britânico AstraZenaca como medida de "precaução" por possíveis efeitos colaterais, como a formação de coágulos sanguíneos.
Mas nesta quarta-feira Boris Johnson rejeitou essas preocupações. "Vou receber minha injeção, muito em breve", afirmou ele ao Parlamento. "Será com certeza uma da Oxford/AstraZeneca", acrescentou o primeiro-ministro, de 56 anos, cuja faixa etária está sendo vacinada atualmente.
O Reino Unido, país mais castigado da Europa pela pandemia com quase 126.000 mortos, iniciou em 8 de dezembro uma campanha de vacinação em massa.
"Não há evidências de que essas vacinas tenham causado coágulos sanguíneos", escreveu Hancock no jornal The Sun, enfatizando que esta não é apenas a sua opinião, mas também a do regulador britânico MHRA, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
"Mais de 11 milhões de doses da vacina AstraZeneca já foram administradas no Reino Unido e a taxa de casos notificados (de trombose) entre os vacinados é menor do que seria naturalmente esperado na população em geral", argumentou o ministro.
O país vacinou primeiro os idosos em casas de repouso e os profissionais da saúde e, desde então, procede por faixas etárias regressivas com o objetivo de administrar pelo menos uma dose em todos os adultos até o final de julho.
No entanto, o serviço público de saúde na Inglaterra alertou em uma carta aos centros de vacinação que o fornecimento das doses serão "significativamente reduzidos" a partir de 29 de março e durante um mês.
"O fornecimento de vacinas sempre é irregular e enviamos com frequência cartas técnicas para explicas os contratempos do fornecimento nas próximas semanas", disse Hancock em coletiva de imprensa.
Algumas vozes no Reino Unido acusam os países que suspenderam seu uso de atuar por motivação política para desviar a atenção de suas campanhas de vacinação que avançam lentamente, em pleno conflito com o laboratório britânico, que anunciou que só poderá entregar no primeiro trimestre um terço das 120 milhões de doses inicialmente prometidas para a União Europeia.
O Reino Unido lançou sua campanha de vacinação em massa em 8 de dezembro com as vacinas AstraZeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech. Desde então, cerca de 25 milhões de pessoas receberam a primeira dose, quase metade da população adulta.
O país está "no caminho certo para cumprir a meta" de ter administrado uma dose a todos os adultos até o final de julho, ressaltou Hancock.
"Esta semana, um aumento do fornecimento nos ajudará a acelerar ainda mais a imunização", acrescentou ele, em um momento em que outros países estão reclamando de atrasos nas entregas.
Risco de perder a confiança
O professor Jeremy Brown, especialista em medicina respiratória e membro do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) do governo britânico, afirmou nesta quarta-feira que a suspensão do uso da vacina por vários países "não é lógica".
"Não faz sentido para mim, porque sabemos que a vacina funciona (...) É uma vacina incrivelmente eficaz e, ao administrá-la, mortes são evitadas", declarou à BBC.
Brown também expressou, em declarações ao canal ITV, sua preocupação de que isso cause uma maior relutância em relação às vacinas. "Tememos que, com o que está acontecendo na Europa, as pessoas no Reino Unido percam a confiança na vacina AstraZeneca", reconheceu.
Em um artigo na revista Future Healthcare Journal, publicada pelo Royal College of Physicians, que representa 39.000 médicos de todo o mundo, o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, atacou o movimento antivacinas.
"Quem poderia imaginar que no século XXI haveria um lobby significativo contra a vacinação, considerando seu histórico de erradicação de tantas doenças terríveis e seu potencial atual para proteger e libertar do coronavírus algumas das pessoas mais vulneráveis em nossa sociedade?", escreveu.
No artigo, Charles, de 72 anos, que por sua idade já recebeu a primeira dose contra a Covid-19, defendeu uma abordagem integrada da saúde que combine ciência, políticas públicas e comportamento individual.
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O governo de Boris Johnson defendeu, nesta quarta-feira (17), a segurança da vacina da AstraZeneca e o primeiro-ministro anunciou que receberá a vacina em meio à campanha em massa de seu país, que pode ser desacelerada devido à redução de abastecimento.
Vários países, incluindo Espanha, França e Alemanha, suspenderam nos últimos dias o uso da vacina desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford e do laboratório sueco-britânico AstraZenaca como medida de "precaução" por possíveis efeitos colaterais, como a formação de coágulos sanguíneos.
Mas nesta quarta-feira Boris Johnson rejeitou essas preocupações. "Vou receber minha injeção, muito em breve", afirmou ele ao Parlamento. "Será com certeza uma da Oxford/AstraZeneca", acrescentou o primeiro-ministro, de 56 anos, cuja faixa etária está sendo vacinada atualmente.
O Reino Unido, país mais castigado da Europa pela pandemia com quase 126.000 mortos, iniciou em 8 de dezembro uma campanha de vacinação em massa.
"Não há evidências de que essas vacinas tenham causado coágulos sanguíneos", escreveu Hancock no jornal The Sun, enfatizando que esta não é apenas a sua opinião, mas também a do regulador britânico MHRA, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
"Mais de 11 milhões de doses da vacina AstraZeneca já foram administradas no Reino Unido e a taxa de casos notificados (de trombose) entre os vacinados é menor do que seria naturalmente esperado na população em geral", argumentou o ministro.
O país vacinou primeiro os idosos em casas de repouso e os profissionais da saúde e, desde então, procede por faixas etárias regressivas com o objetivo de administrar pelo menos uma dose em todos os adultos até o final de julho.
No entanto, o serviço público de saúde na Inglaterra alertou em uma carta aos centros de vacinação que o fornecimento das doses serão "significativamente reduzidos" a partir de 29 de março e durante um mês.
"O fornecimento de vacinas sempre é irregular e enviamos com frequência cartas técnicas para explicas os contratempos do fornecimento nas próximas semanas", disse Hancock em coletiva de imprensa.
Algumas vozes no Reino Unido acusam os países que suspenderam seu uso de atuar por motivação política para desviar a atenção de suas campanhas de vacinação que avançam lentamente, em pleno conflito com o laboratório britânico, que anunciou que só poderá entregar no primeiro trimestre um terço das 120 milhões de doses inicialmente prometidas para a União Europeia.
O Reino Unido lançou sua campanha de vacinação em massa em 8 de dezembro com as vacinas AstraZeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech. Desde então, cerca de 25 milhões de pessoas receberam a primeira dose, quase metade da população adulta.
O país está "no caminho certo para cumprir a meta" de ter administrado uma dose a todos os adultos até o final de julho, ressaltou Hancock.
"Esta semana, um aumento do fornecimento nos ajudará a acelerar ainda mais a imunização", acrescentou ele, em um momento em que outros países estão reclamando de atrasos nas entregas.
Risco de perder a confiança
O professor Jeremy Brown, especialista em medicina respiratória e membro do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) do governo britânico, afirmou nesta quarta-feira que a suspensão do uso da vacina por vários países "não é lógica".
"Não faz sentido para mim, porque sabemos que a vacina funciona (...) É uma vacina incrivelmente eficaz e, ao administrá-la, mortes são evitadas", declarou à BBC.
Brown também expressou, em declarações ao canal ITV, sua preocupação de que isso cause uma maior relutância em relação às vacinas. "Tememos que, com o que está acontecendo na Europa, as pessoas no Reino Unido percam a confiança na vacina AstraZeneca", reconheceu.
Em um artigo na revista Future Healthcare Journal, publicada pelo Royal College of Physicians, que representa 39.000 médicos de todo o mundo, o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, atacou o movimento antivacinas.
"Quem poderia imaginar que no século XXI haveria um lobby significativo contra a vacinação, considerando seu histórico de erradicação de tantas doenças terríveis e seu potencial atual para proteger e libertar do coronavírus algumas das pessoas mais vulneráveis em nossa sociedade?", escreveu.
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