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Na noite do sábado (23), com uma apuração muito tensa e a disputa acirradíssima entre os dois candidatos, a festa da vitória teve de ser adiada. Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, recebeu 48,71% dos votos (1.168.019 votos), enquanto Daniel Martínez, da coalizão Frente Ampla, recebeu 47,51% (1.139.353 votos).
Apesar da pequena vantagem do candidato de centro-direita, Lacalle Pou, o atual presidente, Tabaré Vázquez, teria pedido calma e sugerido que se aguarde a contagem dos "votos observados" para a conclusão da apuração.
O que são os votos observados?
No Uruguai, assim como no Brasil, cada eleitor deve votar em um colégio eleitoral específico. No entanto, quando isso não é possível, o cidadão tem o seu voto "observado".
É o caso de uma pessoa que foi convocada a trabalhar de mesária em um colégio eleitoral diferente daquele em que está habilitada a votar. É um procedimento especial para que a validade do voto possa ser confirmada posteriormente. Por isso, esses votos demoram mais do que os votos "normais" a serem contabilizados.
A Corte Eleitoral afirma que, até sexta-feira, dia 29, já deve ter apurado os 35.229 votos observados.
No entanto, a diferença entre os candidatos é de 28.666 votos, sem considerar os observados. É praticamente impossível que Daniel Martínez reverta o placar da disputa, uma vez que deveria receber mais de 90% dos votos observados para conseguir ultrapassar Lacalle Pou.
Apesar da vantagem, os blancos (apoiadores do Partido Nacional) não tiveram uma noite fácil durante a apuração dos votos. As pesquisas divulgadas durante a campanha do segundo turno davam uma vitória muito mais folgada a Lacalle.
Daniel Martínez, até o momento, não reconhece a derrota e esperará a apuração final. Ele não telefonou ao opositor para cumprimentar pela (quase) vitória.
Após a contagem dos votos observados, o Uruguai terá seu resultado definitivo divulgado. No entanto, independentemente de quem seja o próximo presidente, uma coisa ficou clara: há um país extremamente dividido entre a continuação do governo de esquerda, no poder há 15 anos, e a alternância de poder, com um partido de centro-direita, representado por Lacalle Pou.
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No domingo (24), quase 2,7 milhões de uruguaios foram às urnas para definir, em segundo turno, quem será o próximo presidente do país. Com um "empate técnico", a Corte Eleitoral anunciou que o resultado definitivo será divulgado no final da semana, após a contagem dos "votos observados".
Na noite do sábado (23), com uma apuração muito tensa e a disputa acirradíssima entre os dois candidatos, a festa da vitória teve de ser adiada. Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, recebeu 48,71% dos votos (1.168.019 votos), enquanto Daniel Martínez, da coalizão Frente Ampla, recebeu 47,51% (1.139.353 votos).
Apesar da pequena vantagem do candidato de centro-direita, Lacalle Pou, o atual presidente, Tabaré Vázquez, teria pedido calma e sugerido que se aguarde a contagem dos "votos observados" para a conclusão da apuração.
O que são os votos observados?
No Uruguai, assim como no Brasil, cada eleitor deve votar em um colégio eleitoral específico. No entanto, quando isso não é possível, o cidadão tem o seu voto "observado".
É o caso de uma pessoa que foi convocada a trabalhar de mesária em um colégio eleitoral diferente daquele em que está habilitada a votar. É um procedimento especial para que a validade do voto possa ser confirmada posteriormente. Por isso, esses votos demoram mais do que os votos "normais" a serem contabilizados.
A Corte Eleitoral afirma que, até sexta-feira, dia 29, já deve ter apurado os 35.229 votos observados.
No entanto, a diferença entre os candidatos é de 28.666 votos, sem considerar os observados. É praticamente impossível que Daniel Martínez reverta o placar da disputa, uma vez que deveria receber mais de 90% dos votos observados para conseguir ultrapassar Lacalle Pou.
Apesar da vantagem, os blancos (apoiadores do Partido Nacional) não tiveram uma noite fácil durante a apuração dos votos. As pesquisas divulgadas durante a campanha do segundo turno davam uma vitória muito mais folgada a Lacalle.
Daniel Martínez, até o momento, não reconhece a derrota e esperará a apuração final. Ele não telefonou ao opositor para cumprimentar pela (quase) vitória.
Após a contagem dos votos observados, o Uruguai terá seu resultado definitivo divulgado. No entanto, independentemente de quem seja o próximo presidente, uma coisa ficou clara: há um país extremamente dividido entre a continuação do governo de esquerda, no poder há 15 anos, e a alternância de poder, com um partido de centro-direita, representado por Lacalle Pou.